Pplware

Qualcomm valoriza na bolsa com possível oferta da Broadcom

A Qualcomm, empresa que fabrica os chips para o iPhone e um dos principais fabricantes de processadores para o segmento dos dispositivos móveis, estará em vias de ser comprada pela gigante Broadcom. Segundo a Bloomberg, há já negociações e a notícia fez os títulos da Qualcomm ganhar um novo impulso na bolsa.

As notícias parecem ser boas, mas será que esta aquisição traz ao mercado a vitalidade e a estabilidade que a Qualcomm tanto precisa?


Preâmbulo

A Qualcomm tem estado nas bocas do mundo pela “guerra” que está a travar contra a Apple. Depois da Apple reclamar uma indemnização de mil milhões de dólares à Qualcomm por inflacionar preços de patentes básicas e ter ordenado que se deixasse de pagar as royalties que até então estavam a ser pagas, a Qualcomm tentou banir a venda do iPhone nos Estados Unidos. A partir daqui tem sido um desenrolar de ações que nada abonam a favor do mercado das tecnologias.

Estas ações, contudo, têm penalizado severamente a Qualcomm. A empresa publicou no início deste mês os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre fiscal de 2017 e o lucro apurado, cerca de 168 milhões de dólares, representam um queda de brutal na ordem dos 89,5%, face ao resultado obtido no terceiro trimestre fiscal deste ano. Agora a empresa que fabrica os chips para o iPhone poderá vir a ser comprada pela gigante Broadcom.

Depois de se constar que a Apple poderá abandonar os modems da Qualcomm já em 2018 e depois da empresa de Cupertino ter solicitado informação confidencial à Qualcomm sobre software e código fonte, informações cedidas na condição de se manterem secretas, a Qualcomm acusa a Apple de ter incluído nos destinatários da informação um engenheiro da Intel.

Com base neste dado, a Qualcomm solicita aos tribunais que estes considerem que a Apple violou o contrato e exige uma indemnização. Além desta ação, a fabricante de chips exige que a Apple permita ser auditada para garantir não haver mais quebras de confidencialidade.

 

Além de tudo… a Broadcom pode comprar Qualcomm

Com todos este imbróglio a decorrer entre as duas gigates norte-americanas, há informações que a Broadcom pode comprar Qualcomm por mais de 100 mil milhões de dólares. Esta informação, segundo a Bloomberg, resultou para já num aumento do valor dos títulos da Qualcomm na bolsa.

De acordo com informações do canal Bloomberg, a Broadcom está a avaliar uma possível compra da Qualcomm. Neste momento tudo apenas são especulações, mas um rumor a este nível fez aumentar as ações da Qualcomm em 18%. Por outro lado as ações da Broadcom caíram 3,5% este sexta-feira.

De relembrar que a Qualcomm está atualmente no processo de aquisição da NXP Semiconductors. Por sua vez a Broadcom teve algumas mudanças importantes recentemente.

A Broadcom Limited tinha anteriormente uma empresa com sede na Califórnia, conhecida como Broadcom Corporation, tendo sido adquirida no ano passado pela Avago Technologies, com sede em Singapura. Esta semana, a empresa anunciou que estava a mudar a sua sede principal para os Estados Unidos.

Obviamente que há uma sobreposição nas áreas de mercado onde atuam a Broadcomm e a Qualcomm, mas uma fusão daria o monopólio do mercado à Broadcom.

 

Mas quem é a Broadcom?

A Broadcom é uma empresa de semicondutores e componentes electrónicos norte americana, com sede em Irvine, na Califórnia, e foi fundada 1991. Atualmente a empresa emprega cerca de 11.750 pessoas em mais de 15 países.

A Broadcom está entre os 10 principais fornecedores de semicondutores, segundo a Gartner, em termos de receita. A empresa fabrica vários produtos como circuitos integrados para placas gigabit ethernet, redes sem fio, modems, comunicações móveis, switches de rede, processadores, chips Bluetooth, VoIP, NFC, GPS, etc…

Como podemos ver, a Broadcom produz chips para uma ampla gama de aplicações. A empresa é bastante conhecida pelas suas soluções na área das redes sem fios, mas a empresa produz também CPUs e chips gráficos, como por exemplo, os usados no popular Raspberry Pi.

Exit mobile version