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Portugal: Até 2020 serão precisos 15 mil informáticos

…e muitas Instituições de Ensino insistem em  leccionar “conteúdos obsoletos”

Num momento onde o desemprego continua a registar valores acima do nível em que estava antes da crise, em Portugal as empresas continuam a procurar profissionais da área da informática mas dizem não encontrar as competências necessárias.

A Comissão Europeia prevê que até 2020 sejam mais de 900 mil as ofertas de emprego na área das TI, em toda a Europa, e em Portugal o número de profissionais necessários poderá chegar aos 15 mil.

Em 2014 informamos que em 2015 iriam faltar 8 mil informáticos de acordo com o estudo” E-Skills in Europe”. Como sabemos os Engenheiros Informáticos têm desemprego zero em Portugal e, de acordo com a Comissão Europeia que até 2020 são precisos 15 mil informáticos só em Portugal e haverá mais de 900 mil as ofertas de emprego na área das TI em toda a Europa. No entanto haverá uma barreira… a formação!

Como solução para melhorar o nível de ciber-competências e promover a economia digital, a Comissão Europeia criou o programa eSkills for Jobs, que, em Portugal, está implementado há dois anos e tem como parceiros empresas como a PT, IBM, Microsoft ou Cisco.

Em declarações ao site DinheiroVivo, Lara Campos Tropa, directora de marketing da IBM e uma das embaixadoras do programa em Portugal referiu que “A ideia é dar resposta à crescente procura de profissionais na área das TIC, sem resposta por parte do mercado de trabalho”.

De acordo com os dados disponíveis, 90% das empresas que recrutam exigem competências na área das tecnologias de informação e comunicação, como, por exemplo, computação em nuvem, formação que os candidatos não têm.

Vânia Neto, directora para a área de educação e cidadania da Microsoft Portugal, diz mesmo que o problema está no ensino “As faculdades não ensinam para o mercado. Muitas vezes, os candidatos chegam a nós sem conhecer o básico da tecnologia que utilizamos. Aprendem tecnologia já obsoleta, coisas que já nem estão no mercado, pelo que é importante que os candidatos não se limitem àquilo que aprendem nas faculdades”.

Vânia Neto refere ainda que “As empresas queixam-se de que precisam de ter as pessoas durante, pelo menos, um ano, para que atinjam o nível de competência que pretendem. Ou seja, são as empresas que dão formação. E contratar uma pessoa que só será rentável, do ponto de vista de produtividade, ao final de um ano, é um custo muito elevado”

Outro dos principais problemas com que a Europa se depara é a falta de adesão das mulheres às tecnologias. Em Portugal, por exemplo, do total de profissionais de engenharia, só 20% são mulheres, releva o site DinheiroVivo.

Até 2020, a Comissão Europeia quer aumentar a taxa de emprego dos actuais 69% para 75%.

Via DinheiroVivo

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