Durante anos assistimos a uma grande retração do mercado de trabalho em Portugal. Apesar de o desemprego ter vindo a registar uma descida contínua, ainda se situa nos 10,2% e um em cada quatro jovens está no desemprego, mesmo sendo cada vez mais qualificados.
O problema não estará nos cursos superiores, mas poderá estar na falta de ajustamento das suas qualificações e, em Portugal, têm surgido várias iniciativas como forma de combater o desemprego no país.
O desemprego em Portugal há muito que é uma realidade preocupante, principalmente para os jovens que terminam o seu curso superior, onde em muitos casos, ou se sujeitam a condições desajustadas à sua formação ou ficam mesmo no desemprego. Ainda assim, o desemprego, apesar de estar nos 10,2%, está numa fase de retrocesso, o que é um bom sinal para o país.
Mas a situação mais grave está na faixa etária mais nova: um em cada quatro jovens está no desemprego. Ao mesmo tempo, esta é também a geração mais qualificada de sempre.
Então porquê estes números tão alarmantes e porque vivem numa situação de precariedade? Não há licenciados a mais, como muitos querem fazer crer. Há é uma falta de ajustamento das qualificações destes jovens e adaptação à realidade portuguesa.
Se olharmos para um setor como as Tecnologias de Informação, existe de facto emprego – não há é candidatos. Cada vez é mais difícil recrutar perfis qualificados nesta área que, apesar de estar numa onda de progresso, o número de profissionais com formação não tem seguido a mesma tendência.
Há uma necessidade urgente de reformular o nosso mercado de trabalho
Há uma necessidade urgente de reformular o nosso mercado de trabalho, que continua a ter dificuldade em capacitar os seus talentos com skills e competências que vão de encontro às necessidades de emprego em Portugal.
É nesse sentido que têm surgido iniciativas valiosas com o intuito de adaptar e preparar os nossos jovens e adultos para o mercado de trabalho.
O Estado lançou este mês o Qualifica – um programa destinado à formação e qualificação de adultos – que deverá abranger 600 mil pessoas até 2020. O programa que dá agora sucessão ao Novas Oportunidades surge com o intuito de dotar as pessoas de competências que lhes permitam abrir mais portas no mundo do trabalho.
Na mesma linha de ideias, há também empresas privadas cientes deste problema e que estão a desenvolver condições especiais para ajudar os jovens na sua formação e na sua adaptação ao mercado de trabalho.
A Olisipo, por exemplo, está a oferecer descontos a partir de 25% nos seus cursos e academias, tal como planos de pagamento personalizados. O objetivo é criar uma ponte entre as altas taxas de desemprego e a falta de recursos na área das tecnologias da informação, oferecendo melhores oportunidades de emprego através de um plano de formação adaptado aos interesses e necessidades de cada um.