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O Sol tem um “buraco” descomunal… será perigoso?

No fim de semana passado, os astrónomos descobriram um enorme buraco na atmosfera do Sol, medindo mais de 60 vezes o diâmetro da Terra no seu pico. Sim, é algo massivo, mas não é nada que seja “perigoso para a Terra”. No entanto, estas transformações que ocorrem neste 25.º ciclo solar são reveladoras que a nossa estrela está muito ativa. Já agora, quais são as consequências para o nosso planeta deste buraco solar?


Este buraco coronal não é perigoso, ok?

Não comece já a fazer as malas para apanhar o próximo voo para Alfa Centauri. Até porque este sistema solar “próximo” do nosso está a 6.553 anos, se viajar à velocidade máxima conseguida por uma nave “atual” feita pelo homem. Vale a pena perceber então o fenómeno do Sol.

Buracos coronais como este, fotografado pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA, ocorrem quando o campo magnético da nossa estrela permite que um enorme fluxo da atmosfera superior da estrela se derrame subitamente sob a forma de vento solar.

Durante um curto período, estas partículas altamente energizadas podem eventualmente chegar até nós e – se forem suficientemente poderosas – causar estragos em satélites na órbita da Terra. Em casos raros, podem até mesmo interferir com a rede elétrica no solo. Mas são casos muito raros, o que não quer dizer que não possam voltar a acontecer, como alguns cientistas já vieram alertar.

Felizmente, no caso do último buraco, os especialistas não esperam grandes perturbações no início desta semana para além de tempestades geomagnéticas ligeiras a moderadas, bem como as auroras boreais associadas no céu noturno, segundo o SpaceWeather.com.

25.º ciclo solar não tem nada de calmo

O aparecimento do buraco, por si só, não é totalmente inesperado. O Sol atingirá em breve o pico do seu ciclo de 11 anos, conhecido como máximo solar, dando início a um período de atividade particularmente turbulento.

Esta atividade vai desde as simples erupções solares até às enormes explosões de vento solar chamadas ejeções de massa coronal.

Os buracos coronais só são visíveis em comprimentos de onda ultravioleta, aparecendo como manchas escuras de partículas relativamente frias nas nossas observações. É menos provável que lancem vento solar para o exterior, pois são simplesmente uma abertura que permite a fuga de fotões e eletrões.

A última vez que os cientistas detetaram um grande buraco coronal foi em março, provocando poderosos fluxos de vento solar que atingiram a atmosfera da Terra.

Os cientistas descobriram que, desta vez, a atividade solar do Sol já é mais forte do que o esperado, o que significa que é provável que venhamos a assistir a mais eventos inspiradores num futuro próximo.

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