Pouco tempo depois de a pandemia motivada pela COVID-19 acalmar, surgiu um outro vírus que alarmou o mundo. Conhecido como Monkeypox, ou varíola dos macacos, começou a ser objeto para estigmas. Por isso, agora, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu mudar a sua nomenclatura.
Daqui a um ano, só ouviremos falar da varíola ou, em inglês, mpox.
Em maio, começou a ser conhecida uma quantidade preocupante de casos de pessoas infetadas com Monkeypox, ou varíola dos macacos. O surto suscitou preocupação, porque a infeção era, há muito tempo, considerada endémica.
Na altura em que surgiu, a varíola dos macacos foi chamada dessa forma, porque o vírus foi, originalmente, identificado em macacos, destinados a investigação, na Dinamarca, em 1958. Contudo, e apesar disso, a doença pode ser encontrada em vários animais, como roedores.
Em 1970, foi detetada, pela primeira vez, em humanos, na República Democrática do Congo. Desde então, a propagação entre a nossa espécie era limitada, essencialmente, a certas nações da África Ocidental e Central.
Quando as notícias que foram saindo davam conta dos casos conhecidos de Monkeypox, foi detetado um padrão: homens que praticavam sexo com homens. Esta incidência espoletou uma série de estigmas que correram o mundo. Mas não só a partir disto se criaram estigmas.
Quando o surto de varíola dos macacos se expandiu no início deste ano, foi observada e comunicada à OMS uma linguagem racista e estigmatizante online, noutros contextos e em algumas comunidades.
Partilhou a agência para a saúde da Organização das Nações Unidas, acrescentando que, após uma série de reuniões com peritos mundiais, a OMS decidiu que “começará a privilegiar um novo termo: varíola ou, em inglês, mpox. Conforme explicou, “ambos os nomes serão utilizados, simultaneamente, durante um ano, enquanto o termo varíola dos macacos é progressivamente eliminado”.
Atualmente, os 10 países mais afetados, em todo o mundo, são os Estados Unidos da América (29.001), Brasil (9.905), Espanha (7.405), França (4.107), Colômbia (3.803), Reino Unido (3.720), Alemanha (3.672), Perú (3.444), México (3.292), e Canadá (1.449). Em conjunto, estes representam 86% do número global de casos.