A Mercedes-Benz anunciou que é a primeira marca automóvel internacional autorizada a testar a condução autónoma avançada em Pequim, na China.
Por ser uma tecnologia com larga margem de melhoria, a condução autónoma é um trunfo relevante para as fabricantes de carros, especialmente para aquelas que querem competir no saturado mercado chinês. Assim sendo, há já nomes a aprimorar as suas propostas, por forma a reunirem vantagem.
Nesse sentido, a Mercedes-Benz anunciou que se tornou a primeira marca automóvel internacional autorizada a testar a condução autónoma avançada em Pequim, na China.
Segundo a Automotive News Europe, a aprovação permitir-lhe-á iniciar os testes das suas capacidades de condução autónoma de nível 4 nas auto-estradas e estradas urbanas de Pequim. Isto significa que o veículo poderá realizar todas as tarefas de condução dentro de determinadas condições, sendo possível o controlo humano.
Num comunicado publicado a 2 de agosto na conta oficial da empresa no WeChat, a Mercedes informou que algumas das ações a serem testadas incluem estacionar, fazer marcha-atrás e virar à esquerda no trânsito intenso. Tudo isto, claro, sem a intervenção do condutor.
A regulamentação chinesa permite sistemas avançados de assistência ao condutor de nível 2 de automatização, o que significa que um automóvel pode efetuar mudanças de direção, aceleração e faixa de rodagem, enquanto um humano monitoriza a condução em todos os momentos e mantém, além disso, as mãos no volante.
Atualmente, a Mercedes oferece um sistema de condução autónoma de Nível 3, o Drive Pilot, aprovado para as estradas públicas europeias e disponível, por exemplo, na Alemanha, bem como em alguns locais dos Estados Unidos. Este sistema permite que o automóvel assuma o controlo das funções de condução em determinadas condições, libertando o condutor dessa tarefa.
Fabricantes procuram vantagem competitiva na condução autónoma
A concorrência no mercado automóvel chinês motiva as fabricantes a estimularem os seus negócios, nomeadamente em matéria de condução autónoma, no sentido de ganharem vantagem sobre as concorrentes e, a par disso, atrair clientes.
Além da Mercedes, que deverá iniciar os testes em breve, também outras fabricantes estão a aventurar-se, na China, com a condução autónoma.
Por exemplo, a Tesla está a trabalhar no sentido de levar o seu Full Self-Driving para o país asiático, tendo obtido autorização para testar em algumas áreas de Xangai; e a General Motors Co. recebeu, no ano passado, autorização para testar modelos Cadillac com condução autónoma em Xangai.