A COVID-19 tem trazido métodos de trabalho que podem não ser propriamente ortodoxos. Contudo, a necessidade aguça o engenho de tal forma que um juiz de Carlisle, Inglaterra, na terça-feira passada, condenou um homem à prisão, usando a aplicação Skype, no iPhone.
Esta medida, bem ao estilo simplex, pode parecer estranha, mas não estará fora do que a lei, numa situação de pandemia, permite. Ainda assim, é um caso bizarro.
Skype: Pandemia a quanto obrigas
A parte mais curiosa deste assunto é de facto poder ser a primeira vez na história que um iPhone é usado para proferir uma sentença. O juiz do tribunal da corte, Nicholas Barker, estava a usar um portátil para a videochamada, mas dificuldades técnicas forçaram-no a recorrer a um smartphone.
Estou a fazer [a audiência] pelo iPhone – as maravilhas da tecnologia moderna.
Disse o juiz Barker ao iniciar o processo, de acordo com informações da News & Star.
Segundo o que foi explicado, a sentença foi realizada remotamente como resultado das diretrizes contínuas da pandemia da COVID-19 e do governo do Reino Unido que exigem um distanciamento social estrito. Alguns tribunais permanecem fechados após um bloqueio em todo o país.
O iPhone foi apenas um meio para chegar a um fim
Claro que poderia ser qualquer outro smartphone, até porque atualmente as apps para os smartphones estão tão afinadas e otimizadas que funcionam, por vezes, melhor que o software instalado num computador.
A sentença de 26 meses de prisão foi proferida ao ex-soldado e local de Carlisle, Andrew Ryan, de 41 anos, que admitiu ter esfaqueado o seu irmão, em dezembro passado. Matthew Ryan sofreu uma perfuração no pulmão, mas sobreviveu ao ataque.
Se no passado as videoconferências já não eram uma novidade nos tribunais, com a pandemia, é uma forma muito mais simples de trabalhar nalguns casos. Para promover o distanciamento social, o Skype e outras aplicações do género são usadas recorrentemente.
No Reino Unido, o Skype já estava a ser usado em determinadas circunstâncias e tornou-se numa ferramenta integral para o tribunal desde o início do bloqueio, em 23 de março.