Investigado há dois anos, o rapaz detido pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ terá ligações com o grupo Anonymous e outros hackers e terá participado em ataques informáticos a sites como da PJ, da Procuradoria-Geral da República e de grandes empresas.
Durante o dia de ontem, a Polícia Judiciária deteve, em Lisboa, um jovem de 16 anos por ataques informáticos a sites do Estado e de grandes empresas. O jovem estudante e entusiasta da informática usou técnicas invulgares e foi detido em casa, onde vive com o pais, que aparentemente desconheciam a actividade do filho, segundo o DN.
Seria a partir do seu quarto que participava nestes ataques, com recurso a computadores já bastante sofisticados, uma informação avançada pela PJ.
As ligações ao Anonymous e a hackers andavam a ser investigadas há já dois anos e este rapaz torna-se assim o mais jovem dos 32 detidos desde o início das investigações destes hacktivistas.
Esta investigação insere-se num modelo de atuação que visa a identificação de autores de crimes desta natureza, bem com a intervenção a nível preventivo, sobre a atividade criminosa conotada com o chamado hacktivismo
Segundo a PJ
Quais os crimes de que é acusado?
O rapaz é acusado dos crimes de sabotagem informática e acesso ilegítimo a dados, segundo a PJ.
A sabotagem informática é um crime público, pelo que não haverá necessidade de queixa para a investigação continuar, e neste caso em específico, o jovem poderá incorrer de uma pena de prisão até 5 anos ou uma multa até 600 dias, segundo a Lei do Cibercrime.
Quanto ao outro crime, de acesso ilegítimo, as investigações dependem de uma queixa formal por se tratar de um crime semipúblico. Neste caso, a pena poderá ir até um ano ou multa até 120 dias.
Uma vez que já tem 16 anos, o jovem já é responsável do ponto de vista criminal.