A posição que a Huawei tem neste momento no mercado dos dispositivos móveis torna-a já um parceiro muito interessante para qualquer um dos sistemas operativos abertos a fabricantes.
A posição maioritária da Huawei está no Android, mas no seu passado teve já uma proximidade com o Windows Phone. Mas tudo indica que ainda não será com esta nova versão do Windows 10 para dispositivos móveis que se dará uma nova aproximação, muito por culpa da impossibilidade de diferenciação nesse mercado.
As posições da Huawei face ao Windows Phone são bem conhecidas de todos. Depois de terem chegado ao mercado com o W1, o seu único smartphone com Windows Phone, a Huawei depressa percebeu que este não seria o caminho mais indicado.
Desenvolveu a sua interface própria no Android e a partir dai tem sido esse o seu sistema operativo de eleição, com cada vez mais sucesso junto dos consumidores.
A questão Windows Phone nunca ficou resolvida na Huawei e frequentemente surgem novas afirmações das suas equipas de topo que voltam a dar indícios de que a experiência não teve os resultados esperados.
Desde o facto de não terem ganho qualquer dinheiro com os equipamentos com Windows Phone até à dificuldade que é vender equipamentos com este SO, as opiniões sobre o Windows Phone não têm sido as mais favoráveis.
Mas a chegada do Windows 10 e a modularidade que se espera venha a ter na versão móvel julgava-se ser suficiente para voltar a reacender o interesse da Huawei neste SO.
A verdade é que a Huawei parece estar novamente a rejeitar a versão móvel do Windows e quer-se manter fiel e dedicada ao Android.
O grande ponto que impede o investir nesta nova plataforma é a sua fraca possibilidade de customização, o que que impede a Huawei de se distingir e diferenciar da concorrência, sendo obrigada a ter uma oferta similar em tudo o que a concorrência ofereceria.
Esta informação foi passada pelo chefe de marketing da Huawei, Shao Yang, ao site TrustedReviews, onde ficou claro que o interesse no Windows 10 é para já nulo e que a marca não tem planos para abordar este novo sistema operativo.
Mas a Huawei não fecha de forma completa as portas ao Windows 10. Existe alguma margem que poderá ser explorada, mas noutros equipamentos.
A gama de tablets da Huawei pode ser a marca poderá explorar o novo sistema operativo da Microsoft, criando assim uma oferta maior e mais ajustada ao que os utilizadores querem.
Outra possibilidade, que inclusive esteve já várias vezes para surgir e que acaba sempre por ser abandonada, é a criação de equipamentos com Android e com Windows 10, em que o utilizador escolheria qual quereria usar.
Já no passado a Huawei condicionou a adopção de outras plataformas e criação de novos equipamentos às vontades dos consumidores e ao que o mercado pedia, sendo por isso uma incógnita se os planos da Huawei não se alteraram quando o sucesso do Windows 10 para dispositivos móveis atingir o pico que a Microsoft espera.