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Há refugiados a trocar comida por Internet

Actualmente, a Internet como via de comunicação é um canal preponderante para o mundo inteiro e muitos já a encaram como uma necessidade.

Já havíamos falado da importância da ligação dos refugiados à Internet e, agora, a Agência da ONU para Refugiados divulgou um relatório que refere que para alguns, o acesso à Internet é tão importante quanto água ou comida, ao ponto de trocarem parte da comida por uma subscrição de acesso à Internet.

Segundo o relatório divulgado pela Agência da ONU para Refugiados, no decorrer da semana passada, existem refugiados na Tanzânia que abdicam de 10 dias de alimentação para conseguirem comprar a mensalidade de dados móveis para os seus smartphones.

Para os refugiados, a ligação ao mundo através da Internet é encarada como uma forma de segurança e uma via fundamental para comunicar com a família e mesmo com outros refugiados.

No mundo em que vivemos hoje, a ligação à Internet e os telefones inteligentes podem tornar-se numa tábua de salvação para os refugiados, oferecendo um meio essencial para lhes dar e receber informações vitais, comunicar com os membros da famílias que estão separados, ter acesso a serviços essenciais e comunicar com as comunidades locais, nacionais e globais.

Mais importante ainda, a conectividade pode ajudar a ampliar as oportunidades para os refugiados de forma a melhorar suas próprias vidas e encontrar uma visão de um futuro que lhes estaria vedado.

referiu Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas.

Actualmente, mais de 65 milhões de pessoas em todo o mundo foram obrigadas a abandonar o seu país de origem, sendo que a Europa já acolheu mais de 1,1 milhões vindos das zonas de confronto na Síria, Iraque e Afeganistão. O destino da grande maioria destes refugiados são os acampamentos improvisados até encontrarem uma recolocação permanente.

Segundo uma investigação do CNET News para perceber o papel da tecnologia nesta crise, na Grécia existem refugiados a utilizar os smartphones para encontrar locais seguros, comunicando uns com outros através de redes sociais como o Facebook ou o WhatsApp, já na Finlândia e na Suécia, os refugiados têm conseguido encontrar emprego graças à Internet.

Tal como já havíamos referido, existem também diversos grupos no Facebook com o objectivo de partilhar informações úteis aos refugiados tais como orientações, indicações, informação sobre locais para dormir e zonas onde pode ter acesso a redes Wi-Fi. Além do mais, os migrantes também recorrem ao GPS, nomeadamente ao Google Maps, sobretudo para os auxiliar na travessia do Mediterrâneo.


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