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Guerra: Telemóveis “permitiram” ataque que matou 89 soldados russos

Os telemóveis são hoje um equipamento fundamental para comunicação. Ao contrário de outras guerras do passado, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia é também uma guerra digital. Não só pelos ataques cibernéticos que também têm acontecido, mas também porque há muita tecnologia envolvida na “guerra física”.

Mas a tecnologia pode também tramar os soldados, neste caso os telemóveis. Pelos menos é isso que a Rússia agora veio referir após a morte de 89 dos seus soldados.


Sinal de telemóveis permitiu localizar militares

A Rússia diz que uso de telemóveis permitiu à Ucrânia atingir as suas tropas. A utilização não autorizada de telemóveis por soldados russos terá levado ao ataque no fim de semana das forças ucranianas a uma instalação em Makiivka, onde morreram 89 militares.

Os sinais telefónicos permitiram às forças de Kiev “determinar as coordenadas da localização de militares” e lançar um ataque com ‘rockets’, referiu o tenente-general russo Sergei Sevryukov.

Do que se sabe, as forças ucranianas dispararam seis ‘rockets’ de um sistema de lançamento múltiplo HIMARS, fornecido pelos Estados Unidos, contra um edifício “na área de Makiivka”, na região de Donetsk, onde os soldados russos estavam estacionados.

Dois ‘rockets’ foram derrubados, mas quatro atingiram o prédio e explodiram, provocando o colapso da estrutura, revela a Lusa.

O Ministério da Defesa russo fez um balanço inicial de 63 soldados mortos no ataque. Entretanto, após as equipas de emergência verificarem os escombros do edifício, o número de mortos aumentou para 89, referiu hoje Sevryukov. O vice-comandante do regimento russo está entre as vítimas.

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