A fatura da energia nem sempre é simpática para muitas famílias portuguesas. No entanto, muita das vezes é preciso analisar os contratos com o objetivo de conseguir poupar alguns trocos.
Recentemente o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, referiu que quem quiser pagar menos IVA na energia poderá sempre optar por baixar a potência contratada. Vamos perceber se é viável esta “sugestão”.
Costuma ter uma fatura pesada de eletricidade? Qual a potência que tem contratada?
Para o ministro do Ambiente e da Transição Energética, as famílias podem negociar uma potência contratada mais baixa, podendo assim pagar menos IVA.
Questionado pelo deputado do Bloco de Esquerda (BE), Jorge Costa, sobre “o facto de o Governo ter limitado aos 3,45 kVA [Kilovoltampere] de potência contratada, a redução do IVA faz com que dois milhões de consumidores domésticos, com potências contratadas e normais – que são os 6,9 kVA – utilizadas em grande escala no país, fiquem privados do benefício da descida do IVA”, revela a TSF.
Em resposta, o ministro referiu que a potência contratada mais baixa é um bom exemplo de eficiência energética e de uso.
Potência de 3,45 kVA chega?
A potência contratada define o valor máximo de eletricidade que a sua instalação elétrica pode receber. Esta irá determinar o número de equipamentos elétricos que poderá ligar em simultâneo.
Para escolher a potência mais adequada ao seu consumo, deve ter em conta fatores como a potência dos seus aparelhos elétricos e o número de horas de utilização diária de cada um.
A potência de 3,45 kVA serve para alimentar simultaneamente um frigorífico, uma máquina de lavar roupa ou louça, uma televisão e um computador. Se pretender ter ligado em simultâneo o micro-ondas esta potência já não aguenta.
Segundo o simulador da EDP, para ter 1 Frigorífico, 1 Máquina de Lavar (roupa ou louça), 1 Microondas ou 1 aquecimento, até 2 televisões e 1 computador já deverá contratar uma potência de 4,6 kVA. Muitos portugueses optam por contratar uma potência de 6,9 kVA
Para o ministro do Ambiente e da Transição Energética “Uma família com quatro pessoas pode mesmo viver com essa potência contratada mais baixa, e aquilo que é comum é as pessoas contratarem uma potência, por conforto, acima daquilo que é a sua verdadeira necessidade”.