As relações entre a Google e a União Europeia são tudo menos pacíficas. Os vários casos de queixas de abuso da posição dominante da gigante das pesquisas são bem conhecidas, sem nunca terem dado em nada concreto.
Uma informação agora surgida dá conta de que a União Europeia se prepara para aplicar uma multa recorde à Google, como resultado de mais um caso de abuso da sua posição numa situação contra a concorrência.
Este caso será apenas o primeiro dos três que estão a ser avaliados pela União Europeia e pretende mostrar que a Google abusou da sua posição de controlo dos resultados das pesquisas.
Em concreto, a Google foi acusada de alterar os resultados das pesquisas para proveito próprio. Em vez de apresentar como resultados as ofertas da concorrência, a Google apresentava as suas ofertas do serviço Google Shopping.
Ainda sem qualquer certeza final, estima-se que a multa ultrapasse os valores anteriores de outras multas, ficando acima dos mil milhões de euros. Este valor é estimado no que é definido para estas multas, ou seja 10% dos lucros anuais. No caso da Alphabet, este valor ficou nos 90 mil milhões de dólares.
Este caso de violação da lei da concorrência arrasta-se já há mais de 7 anos, colocando as relações entre estas duas entidades num elevado grau de desconforto. A Google já revelou várias vezes que este caso não tem qualquer fundamento e que as provas apresentadas não são suficientes para provar nada.
A Google poderá ainda recorrer desta decisão, o que arrastará este caso por mais alguns anos. Os 2 restantes casos estão relacionados com a remoção propositada dos concorrentes dos sites que usam a pesquisas da Google e com o Android e a obrigatoriedade de usar a Play Store e outros serviços da Google.
É claro que a Google não é a única empresa norte-americana a ter problemas com a União Europeia e com a justiça, mas é de longe a que mais casos pendentes tem e que em breve devem ser resolvidos. As multas devem agora começar a ser conhecidas, sendo a Google obrigada a provar a sua inocência ou a ter de as pagar.
Via Financial Times