Google disponibiliza acesso aos pergaminhos do Mar Morto
A Google tem dado particular atenção à disponibilização de diversos tipos de conteúdos raros e de difícil acesso. Democratizou o acesso a documentos e a outro tipo de obras de arte e tesouros culturais, que até agora estavam vedados à maioria das pessoas.
Estes esforços destinam-se por um lado a dar esse acesso, mas por outro permite que sejam guardados esses documentos, tesouros e obras de arte, permitindo na mesma que os seus estudiosos tenham acesso a elas, mas em formatos digitais. A última grande obra da Google, ontem apresentada, foi a digitalização, na íntegra, dos pergaminhos do Mar Morto.
Estes documentos, dos séculos 1 a 3 D.C, estão em exposição no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém desde 1965 e são os mais antigos documentos bíblicos de que há conhecimento.
Os Manuscritos do Mar Morto são uma coleção de centenas de textos e fragmentos de texto encontrados em cavernas de Qumran, no Mar Morto, no fim da década de 1940 e durante a década de 1950. Foram compilados por uma seita de judeus apocalípticos conhecida como Essênios, que viveram em Qumran do século II a.C. até aproximadamente 70. Porções de toda a Bíblia Hebraica foram encontradas, exceto do Livro de Ester e do Livro de Neemias.
Os manuscritos incluem também Livros apócrifos e livros de regras da própria seita. Os Manuscritos do Mar Morto são de longe a versão mais antiga do texto bíblico, datando de mil anos mais antigos que o texto original da Bíblia Hebraica usado pelos judeus atualmente. Atualmente, estão guardados no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.
Agora, e num trabalho conjunto entre a Google e o Museu de Israel, foram fotografados e disponibilizados ao público 5 desses manuscritos.
As fotos, com uma resolução de 1200 megapixels permitem que quem aceda a elas tenha acesso não só ao seu conteúdo, mas também de detalhes ínfimos sobre os próprios pergaminhos.
Para além de poderem visualizar esses pergaminhos, este projecto permite que tenham acesso a traduções dos conteúdos apresentados.
Para além de estar disponibilizado no site do Museu de Israel, os conteúdos dos manuscritos agora disponibilizados estão também acessíveis através das pesquisas do motor de buscada Google.
Esta parceria com o Museu de Israel, é parte de um esforço que a Google tem feito para trazer importantes colecções históricas e culturais para a Internet e assim torná-las disponíveis a todos os que as pretendam ver e estudar.
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Isto sim é de interesse. No meio dos dados que tiram do pessoal e de sei lá mais quê será de apoiar este tipo de iniciativas culturais promovidas pelos Museus em conjunto com o Google.
Acho que encontrei lá uma profecia “Quem, em Portugal, sobreviver a 2012 sem passar um mau bocado, é um tipo com sorte”.