As mais recentes “guerras” de patentes que todos nós temos ouvido ultimamente têm sempre os mesmos termos na equação – Apple e Samsung.
Estas duas gigantes tecnológicas que poderiam juntar esforços e criar algo delicioso, inovador e espectacular, parece que nunca se vão entender e deixar de parte as divergências.
Mas agora a guerra tem um novo interveniente… a Google!
Um advogado da Google disse, esta Terça-feira, que a fabricante de software, de acordo com suas obrigações contratuais, concordou em assumir as custas da defesa nalgumas das alegações no processo actual com a Apple referente às patentes, bem como a indemnizar a Samsung caso esta perca a causa.
A Google “ofereceu-se” para ajudar a Samsung no que diz respeito às patentes 414 e 959 (a sincronização em segundo plano e a pesquisa universal).
A Apple processou a Samsung por violação de cinco patentes e argumentou que esta terá de pagar mais de 2 mil milhões de dólares, no entanto a Samsung diz que os seus produtos não infringem qualquer patentes da Apple, acrescentado que “estas patentes nem sequer são válidas”.
A empresa Sul Coreana defende-se também ao dizer que a Apple utilizou algumas das suas patentes e que esta roubou duas ideias que foram introduzidas nos iPhones e iPads…
Até agora, o papel da Google neste caso era apenas como testemunha, representada por alguns engenheiros de software que ajudavam a Samsung a provar que algumas destas funções eram do próprio Android e não estavam relacionadas com o software da Samsung.
Embora muitas das características em que a Apple está a fundamentar a sua acção em tribunal sejam de facto criadas pela Google, a legislação referente às patentes nos EUA permite que as empresas possam processar a outra parte pelo produto final que contem o software com o código “infractor”.
Já são alguns os casos em que a Google se juntou a algumas empresas em questões semelhantes, por exemplo no caso relacionado com patentes entre a HTC e a Nokia, em que estas acabaram por chegar a acordo.
Resta agora esperar e ver se de facto a Google irá ajudar, ou não, a Samsung neste caso, ou se apenas irá “dar a mão” no software que é de facto propriedade da Google e não a parte open-source que esta fornece de forma gratuita aos vendedores, não retirando desta forma lucros directos da venda dos equipamentos.