A Tesla quer marcar o mundo com os seus carros movidos a energia eléctrica, com os seus transportes futuristas como o Space X, ou mesmo o Hyperloop, e quer, sobretudo, trazer a independência energética à vida das pessoas.
Para resumir todo o poder que a empresa hoje possui nestas e noutras áreas conexas, abriu oficialmente as portas da sua super fábrica Gigafactory. À imagem da própria empresa, e da sua imponência nos vários sectores onde desenvolve tecnologia, esta nova plataforma industrial tem o tamanho de 262 campos de futebol americano, o que a torna na maior do planeta.
Segundo a própria Tesla, o investimento na infraestrutura ronda os 5 mil milhões de dólares. Será, no futuro, o centro de desenvolvimento de praticamente todos os projectos da gigante que revolucionou o segmento automóvel. Actualmente, embora esteja já a inaugurar parte do edifício, apenas tem 14% da estrutura operacional. A Gigafactory só ficará concluída nos próximos anos.
Gigafactory – Factos relevantes:
- Terá uma área de ocupação perto dos 930.000 m2, o que equivale a 262 campos de futebol americano
- Investimento de cerca de 2.5 mil milhões de dólares
- Passarão pela construção da fábrica cerca de 3.000 pessoas
- Até 2020 empregará 10 mil pessoas
- Prevê-se que fabrique 500 mil carros por ano
- Terá a capacidade de duplicar a produção mundial de baterias de lítio
- A partir de 2018 produzirá, anualmente, 35 gigawatt-hora (GWh) de baterias, o equivalente à produção mundial de baterias produzidas em 2014
- Segundo Elon Musk, a Gigafactory irá fabricar 150 GWh de baterias por ano (a cidade de Nova Iorque consome, anualmente, 52 GWh de energia)
Porquê Gigafactory?
O nome Gigafactory resulta da capacidade de produção de baterias anual, planeada para a fábrica, onde se conseguirá o valor de 35 gigawatts-hora (GWh). “Giga” é uma unidade de medida que representa “mil milhões”. Um GWh é o equivalente a gerar (ou consumir) mil milhões de watts durante uma hora e um milhão de vezes que de um kWh.
Era sabido que a Tesla estaria com dificuldades em fabricar as muitas encomendas do Model 3 lançado no início desta ano e que arrecadou à marca centenas de milhares de encomendas. A nova estrutura será a oportunidade de colocar toda a linha de montagem do veículo. Nesse sentido, a empresa tem o objectivo de produzir 500.000 carros por ano a partir de 2018, um número que estava previsto ser atingido apenas em 2020.
Preço das baterias irá sofrer uma redução no preço
A energia solar está cada vez mais barata. Com o preço mundial a situar-se perto dos 3 cêntimos por kWh, há uma necessidade de armazenamento da energia e não há, contudo, equipamentos em quantidade suficiente para o fazer. A própria Tesla lançou ano passado a Tesla Powerwall e ainda hoje tem dificuldade em satisfazer a procura.
Assim, esta empresa terá o objectivo de dotar as linhas de produção de baterias da capacidade para acompanhar as encomendas, conseguindo com isso uma redução substancial nos custos das baterias. Segundo os valores apresentados, esta redução poderá chegar aos 30% por kWh.
Como será possível?
Sozinha, a empresa tem sérias dificuldades, como o próprio CEO já o referiu anteriormente. Assim, e para conseguir este incremento, a Tesla assinou um acordo de 1,6 mil milhões de dólares com a Panasonic, um parceiro estratégico da marca americana e que deu também o mote para a construção da “Gigafactory”.
Este será um importante pólo de empregabilidade e o Estado do Nevada, que reconhece o valor estratégico face à necessidade do próprio lítio, abundante nos desertos salgados do Nevada, irá apoiar a empresa com 1,3 mil milhões de dólares em benefícios fiscais.