A Foxconn, uma das fabricantes de smartphones associada à Apple, nunca escondeu a sua intenção em se tornar robotizada, abdicando da mão de obra. O objetivo primordial é tornar o seu processo de fabricação totalmente automatizado, abdicando dos seus trabalhadores.
Este processo já está em curso e, segundo um responsável da empresa, entre 5 a 10 anos, 80% dos trabalhadores serão mesmo substituídos por robôs.
Terry Gou, chairman da Foxconn Technology, numa reunião anual geral da empresa, voltou a afirmar aquilo que já é conhecido como um objetivo da empresa: os funcionários da empresa serão substituídos por robôs. Em menos de 10 anos, a produção da fábrica através de robôs irá substituir 80% dos seus trabalhadores atuais.
Processo mais lento que o esperado
A Foxconn, talvez pelo seu mediatismo associado à produção dos iPhones da Apple, está constantemente a ser acusada de oferecer más condições de trabalho aos seus trabalhadores. Conhecendo um pouco da realidade laboral na China esta informação nem deverá estar muito errada.
O processo de substituição do trabalho do homem pela máquina também ainda é visto com muito preconceito, mas a empresa está, há muitos anos, disposta a fazer essa mudança, reduzindo assim ainda mais os custos de produção.
Ano após ano, surgem notícias relacionadas com o tema, mas o que se tem visto é um processo de substituição lento, pelo menos face aquilo que parecem ser os objetivos divulgados pela empresa.
Em 2011, a Foxconn anunciava ao mundo que estava a produzir um milhão de robôs para automatizar a sua linha de produção em 3 anos, mas no final de 2012 ainda só tinha produzido 30 mil, um valor muito aquém do esperado.
Atualmente, não se sabe quantos são os robôs que estão a laborar nas fábricas da Foxconn nem quantos funcionários já foram substituídos, mas tendo em conta a afirmação de Terry Gou e os últimos números divulgados de funcionários da empresa (837 mil), no prazo de 10 anos 500 mil pessoas deverão ficar sem emprego.
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