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Fim do roaming na Europa! Portugal pode pagar a fatura

É já no próximo dia 15 de junho que acabarão finalmente as tarifas de roaming. Esta é, aparentemente, uma boa notícia para todos mas, sabe-se agora que poderá haver um aumento de preços em países importadores de turistas.

De acordo com o estudo da Altran “Zero Roaming, A Pitfall of European regulation”, o fim do roaming poderá levar ao aumento das tarifas domésticas associadas as comunicações. Mas crítico ainda é que essa fatura (sejam chamadas, sms, acesso à Internet) deverá ser também “paga” por cidadãos com mais baixos rendimentos (os cidadãos que “não têm recursos” para viajar, não beneficiam do fim das tarifas de roaming, logo os cidadãos com menores rendimentos irão subsidiar o acesso aos serviços digitais de pessoas com elevados rendimentos ).

Um aumento dos preços domésticos poderá ser uma consequência da adaptação da Roam like at Home (utilizador usa o pacote de telecomunicações que definiu no seu mercado de origem sem pagar roaming) dada a necessidade de investimento na capacidade de rede, especialmente em países que importam roaming [recebem muitos turistas] com grande sazonalidade.

Altran

A sazonalidade é outro dos problemas. Portugal está na lista pois recebe recebe mais turistas do que envia. De acordo com Alexandre Ruas, diretor de telecom e media da Altran Portugal em declarações ai canal Dinheiro Vivo:

Esta “trará um impacto negativo nos operadores nacionais por via do sobredimensionamento necessário para dar resposta aos picos de turismo e de uma maior dificuldade no planeamento das suas redes.

Se os operadores não conseguirem “garantir que a receita vinda do negócio wholesale [grossista] é assegurada” poderão “ser obrigados a financiar ações via receita doméstica, podendo impactar tarifas mensais”.

O estudo da Altran relembra ainda que o rendimento per capita dos países receptores de turismo na Europa é inferior aos do Norte. No Reino Unido, por exemplo, o rendimento é de 39.600 euros. Em Portugal é de 17.300 euros.

Alexandre Ruas refere ainda que de modo a dar resposta à nova lei da UE, os operadores terão de investir (e provavelmente aumentar os preços).

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