… Pode estar relacionada com falta de flexibilidade no trabalho e na tecnologia!
No evento de apresentação do Office 2013, ontem na Microsoft Portugal, foram também apresentados os resultados de um estudo europeu encomendado pela Microsoft à consultora Vanson Bourne, que aponta alguns indicadores com impacto na produtividade em Portugal.
O universo deste estudo compreendeu 1.500 trabalhadores com funções de escritório em 15 países europeus, entre os quais Portugal. A Microsoft Portugal revelou ontem algumas conclusões deste estudo e deu a conhecer alguns indicadores com impacto na produtividade em Portugal.
Hábitos actuais
- 68% dos inquiridos revelam ser mais produtivos com um formato de trabalho flexível nas suas organizações. No entanto, apenas 50% das empresas portuguesas incorpora a flexibilidade no seu modelo de trabalho.
- 44% dos empregados afirma que existe flexibilidade no local de trabalho, mas apenas 14% das empresas suportam esta forma de trabalhar e suporte tecnológico adequado.
- 37% dos inquiridos revela que nunca trabalharam fora do escritório, apesar de reconhecerem os benefícios da flexibilidade laboral. 82% destes colaboradores afirma fazer horas extraordinárias todas as semanas, sendo que 63% fazem-no normalmente no seu local de trabalho.
- 27% dos colaboradores de PMEs (menos de 500 colaboradores) afirmam trabalhar regularmente fora do escritório, mas nas grandes empresas apenas 9% adoptam esta forma de trabalhar.
Barreiras ao trabalho flexível
- 31% aponta a impossibilidade de acesso remoto à tecnologia e sistemas necessários, bem como a dificuldade em “desligar” e fazer a distinção entre a vida profissional e pessoal.
- 27% afirma que o acesso a software melhorado lhes permitirá serem mais produtivos, número que nas grandes organizações aumenta para 30%. Porém, o desejo de evitar as deslocações desnecessárias e economizar nos custos inerentes são duas das razões apontadas pelos inquiridos para a opção por um modelo de trabalho flexível (21%).
- Apenas três em cada dez inquiridos refere que a sua empresa fornece directrizes corporativas para um modelo de trabalho flexível, descrevendo os departamentos deTI como muito úteis para este fim. Os obstáculos mais comuns dizem respeito a questões protocolares, a medidas de segurança e a custos associados.
- A falta de confiança na execução das tarefas fora do local de trabalho (apenas 45% confia na produtividade fora do escritório) e a pouca disponibilização de informação, apoio e procedimentos das empresas (apenas 14% o fazem de forma estruturada) são as razões apontadas como barreiras ao trabalho flexível.
Tecnologia pessoal no trabalho
- 59% dos trabalhadores admite usar tecnologia pessoal em contexto profissional, por possuírem laptop em vez de desktop (35%).
- 65% não tem acesso a hardware básico da empresa para trabalho remoto, mas considera que ter um computador portátil ou um dispositivo móvel com capacidade para consultar e-mails os tornaria mais produtivos.
- 25% em grandes organizações não tem acesso à tecnologia fora do escritório, enquanto apenas 16% em pequenas empresas enfrentam o mesmo problema.
63% dos trabalhadores portugueses acredita que o trabalho flexível os torna mais produtivos, permitindo um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, destacando-se esta percentagem como a mais elevada na Europa.
- 21% afirma que a opção de trabalho flexível influenciaria a sua decisão de aceitar um novo emprego.
- 73% revela que optaria por uma proposta que combinasse trabalho dentro e fora da organização, e menos de 8% optaria por trabalhar apenas no escritório, facto que está também relacionado com as responsabilidades assumidas dentro da organização e com o nível de desempenho que pretendem manter perante as chefias.
E o leitor, considera a flexibilidade no trabalho um assunto importante na actualidade?