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Ecrãs dos seus dispositivos degradam mais a visão do que imagina

É do senso comum assumir que olhar para um ecrã por longos períodos de tempo tem implicações na nossa saúde, nomeadamente ao nível da visão mas também noutros aspetos fisiológicos como o sono.

A tecnologia tem deste modo uma influência negativa na visão, existindo até a “Síndrome da Visão do Computador”… Mas quais serão realmente os efeitos a nível ocular provocados pelos ecrãs dos dispositivos?


Devido à utilização cada vez mais intensiva da tecnologia, estima-se que em 2050 metade da população mundial terá problemas de visão.

São constatações assustadoras e há inclusivamente ferramentas para prevenir problemas oculares quando estiver em frente ao computador.

Ora, algo que também já está enraizado em grande parte dos sistemas operativos é a funcionalidade de filtrar tons azulados no ecrã de modo a serem menos invasivos, afetando geralmente o sono do utilizador.

Não obstante, novos estudos revelam que os ecrãs não afetam apenas o cansaço da vista mas também degradam a retina, podendo resultar em consequências irreversíveis!

A retina é constituída por milhões de cones e bastonetes. Nesse complexo, é possível encontrar retinal que é um derivado da vitamina A. O retinal é a molécula que está na base da visão nos animais!

A função fisiológica do retinal é a absorção e conversão da luz em energia metabólica e sinais que serão, posteriormente, enviados e analisados pelo cérebro.

Impacto da luz azul na retina

O estudo realizado pela University of Toledo, localizada no Ohio, Estados Unidos da América, demonstrou que a absorção de radiação luminosa na região do azul – com comprimentos de onda mais curtos – desencadeia uma reação química que liberta toxinas nas células fotorrecetoras, acabando por as matar.

Com esta degradação nas células fotorrecetoras e na retina, o utilizador sofrerá de degeneração macular num processo mais precoce que o habitual. Degeneração macular é a condição médica que, habitualmente, provoca perda gradual da visão com a idade.

A progressão da degeneração macular, derivada do desgaste da retina, terá como consequências visão turva e a possibilidade de “pontos cegos” que poderão crescer com a progressão da patologia.

Em casos extremos de degeneração macular, tal pode conduzir à cegueira. Esta doença é a causa mais comum de perda de visão a partir dos 50 anos e atualmente, devido à cada vez mais duradoura interação com ecrãs, está a registar aumentos no números de casos. O aumento no número de casos não é restrito à quantidade de utentes, mas também à idade com que os mesmos apresentam os sintomas da doença.

Os investigadores alertam assim para que os utilizadores tenham particular prudência na interação com ecrãs. Evitar longos período de exposição, manter os ecrãs limpos e em locais bem iluminados são boas práticas que com certeza ajudarão a conservar a sua visão!

Um mau hábito presente em alguns utilizadores prende-se no facto de utilizarem os seus equipamentos em ambientes escuros e pouco iluminados, resultando na dilatação da pupila que permitirá que mais luz de tom azul entre no glóbulo ocular em direção à retina. Como já foi referido, tal ação desencadeará a morte das células fotorrecetoras.

Para além disso, ativar a funcionalidade do sistema operativo que filtra a transmissão de cor azul por parte do ecrã é algo que o utilizador poderá fazer para estimar os seus olhos e ainda não afetar a qualidade do seu sono!

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