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Descoberta a causa para a degradação das baterias recarregáveis

Há anos que nos deparamos com o problema das baterias dos nossos computadores portáteis e dispositivos móveis. Apesar de existir uma série de teorias para o facto das baterias de lítio irem perdendo capacidade ao longo do tempo de utilização, a verdade é que ainda não existia nenhuma explicação científica para tal.

Agora, um grupo de investigadores do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) conseguiu finalmente perceber o porquê do desgaste das baterias, o que abre caminho para a solução desse problema.

A teoria das baterias de lítio viciadas, na qual ainda muitos acreditam, há muito que foi desmistificada, contudo o problema do seu desgaste e consequente perda de capacidade ao longo dos ciclos de carga e descarga ainda era uma incógnita.

De uma forma simples, quando um dispositivo está a ser utilizado e a energia da bateria está a ser consumida, isso significa que os iões de lítio estão a transportar a carga eléctrica entre os eléctrodos da bateria através de uma substância condutora, o electrólito.

O que já era conhecido era que à medida que este transporte acontece, ou seja, quanto mais a bateria force energia, mais os eléctrodos se degradam já que sofrem uma espécie de erosão, o que origina uma diminuição progressiva da autonomia total da bateria. Contudo, o causador dessa degradação ainda não era conhecido, para se poder actuar no problema.

Segundo dois estudos publicados na Nature Communications, os investigadores do DOE descobriram que é a existência de nanocristais de sal que provoca a perda lenta mas progressiva da capacidade das baterias de lítio.

À medida que os iões de lítio se movem, ao entrarem em contacto com o óxido de níquel que faz parte da composição da bateria, formam os tais nanocristais de sal que à medida que se proliferam, como se de uma praga se tratasse, provocam alterações nas estruturas internas da bateria e fazem com que os iões de lítio se movam de uma forma menos eficiente.

Animação 3D da transformação de óxido de níquel numa nanofolha.

Descoberto o problema, agora há que atacá-lo. Mas esta parece ser mais uma tarefa complexa e que levará alguns anos até que possa chegar ao consumidor.

Segundo os investigadores, está a ser criado um revestimento para os tais eléctrodos com elementos resistentes à cristalização, que terá, ao mesmo tempo, que garantir o normal funcionamento da bateria.

Via: Gizmodo Fonte: Brookhaven

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