Atualmente o negócio da música vive tempos auspiciosos. Depois de um período complicado, com a pirataria a ameaçar o futuro da música e dos músicos, o modelo de pagar para ouvir por streaming, veio dar continuidade a um outro negócio começado décadas antes. No passado, com os dispositivos MP3, muito mais massificados os iPod da Apple, a música evolui da sua forma de chegar às pessoas e de ser consumida. Como tal, David Ellefson, baixista e compositor da banca americana Megadeth, disse que “Steve Jobs salvou o negócio da música”.
O iTunes foi o modelo de negócio concebido pela Apple para vender música para dar mais utilidade ao iPod. Nascia um novo e próspero mercado.
Steve Jobs salvou o negócio da música
Numa entrevista ao podcast theFIVE10 o baixista dos Megadeth, David Ellefson, foi questionado sobre a relevância da banda nas mudanças tão frequentes na indústria musical.
Acho que só funciona com os socos. Lembro-me quando toda a história do Napster estava a acontecer, e Lars [Ulrich], em particular, dos Metallica lutava numa boa causa, e tinham toda a razão. E lembro-me do nosso manager dizer: “Oh, não saltes para essa controvérsia. Tens de ter cuidado”. E eu disse: “Que se foda isso. Eles estão errados. Estão a roubar a nossa música. Eles estão errados, e Lars está certo”. Infelizmente, foi uma batalha insuperável. É como pilhar – alguém acabou de abrir a porta da frente do Walmart, e todos entraram a correr e roubaram tudo. Assim, até eles [METALLICA] tiveram de recuar e deixar que ele seguisse o seu curso.
Segundo o músico, o fundado da Apple acabou por salvar o negócio da música quando procurava para a sua empresa o sucesso do seu próprio produto, o iPod. Jobs percebeu que esse seria o caminho depois de se inteirar do mundo do cinema e como poderia traçar um paralelo até à música.
Graças a Deus pelo nosso amigo Steve Jobs que, na minha opinião, salvou o negócio da música, apesar de ser auto-serviço porque ele queria vender iPods – “Ei, eu tenho um dispositivo. Como é que eu ponho lá a música?”.
O músico refere que ainda hoje compra tudo no iTunes e que subscreve o Apple Music. Contudo, faz uma confissão, Ellefson diz que não subscreve o Spotify porque o serviço sueco dá pouco dinheiro. Contudo, ainda segundo as suas palavras, a Apple paga bem. Confessa também que é um utilizador Apple.
Spotify paga pouco aos músicos?
Há dois anos e meio, Ellefson lamentou os parcos pagamentos feitos pelo serviço de música streaming Spotify. Conforme referiu no festival belga de heavy metal Graspop Metal Meeting:
Por muito grande que o streaming digital seja em termos promocionais, é extremamente injusto para nós. Construíram fortunas enormes às costas da nossa música que não nos pagam. E isso, felizmente, vai mudar…
Apesar dele ser um utilizador Apple, os seus filhos, como todos das suas idades usam um pouco de tudo, do Spotify ao YouTube, entre outros serviços. Aliás, ele próprio diz que é importante estar atento ao que os seus fãs estão a usar no smartphone.
Assim, se pretender ouvir mais algumas das confissões do músico, elas estão disponíveis neste podcast: