A primeira vacina registada para combate à COVID-19 é russa e chama-se Sputnik V. Após o seu anúncio, foram várias as reações de países que mostraram claramente não confiar na vacina do país de Vladimir Putin. O baixo número de testes também deixou algumas dúvidas!
No entanto, as mais recentes conclusões do estudo sobre a vacina russa contra o coronavírus revelam que é segura, eficaz e sem efeitos secundários graves.
Vacina para a COVID-19 Russa sem resultados adversos e com resposta imunológica
Os resultados preliminares da vacina russa são bastante otimistas. Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde acredita que uma vacina para a COVID-19 totalmente eficaz só chegará daqui a um ano. O novo estudo foi publicado na conhecida revista científica britânica “The Lancet” . Os testes envolveram 76 pessoas ao longo de 42 dias, nos dois primeiros estágios de desenvolvimento de vacina. De acordo com os resultados, “não houve resultados adversos” da Sputnik V entre as pessoas testadas e o composto conseguiu “provocar uma resposta imunológica“.
A vacina foi testada em duas fases, sendo aplicada em cada fase em 38 adultos saudáveis, com idades entre 18 e 60 anos, revela a BBC. Na primeira fase, tentou-se perceber se a vacina era segura — sem provocar efeitos colaterais no corpo das pessoas. Na segunda fase, os autores disseram ter identificado a eficácia da vacina Sputnik V. De acordo com as informações, a vacina produz uma resposta das células T, um tipo de célula de defesa do corpo, dentro de 28 dias.
Segundo a BBC, a vacina russa usa dois vetores de adenovírus: um é o adenovírus humano recombinante tipo 26 (rAd26-S) e o outro é o adenovírus humano recombinante tipo 5 (rAd5-S), que foram modificados para expressar a proteína S do novo coronavírus. A proteína S é usada pelo vírus para ingressar nas células e infectá-las.
De referir também que os testes realizados foram feitos com vacinas em formato congelado, pensando já no facto de virem a ser usada para a vacinação em larga escala.
Alguns pacientes tiveram efeitos secundários, mas nenhum deles é considerado grave: temperatura alta (50%), dor de cabeça (42%), falta de energia (28%) e dores em juntas e músculos (24%). Os sintomas são semelhantes aos de outras vacinas do tipo. Para avaliar a eficácia da vacina, os cientistas compararam o plasma dos voluntários inoculados com o de pessoas infetadas. Segundo eles, a resposta de anticorpos foi maior entre as amostras dos vacinados.