Como sabemos a vacina já chegou a Portugal, mas a discussão sobre o tema já tem algum tempo. Há quem defenda a vacinação, mas também há quem seja totalmente contra.
Depois de Espanha fazer saber que ia registar quem se recusasse a tomar a vacina, Portugal já confirmou que a vacinação “é um ato voluntário e fortemente incentivado”.
Portugal está com “adesão enorme” para toma da vacina
Portugal não vai efetuar neste momento um registo das pessoas que recusem ser vacinadas contra a COVID-19, adiantou esta terça-feira a diretora-geral da Saúde.
Graça Freitas salientou a “adesão enorme” ao processo de vacinação nestes primeiros dias e admitiu que o início da vacinação é “um movimento muito complexo” a ocorrer em simultâneo nos estados-membros da União Europeia e distanciou a posição portuguesa do sistema adotado em Espanha, que vai manter um registo com o nome das pessoas que recusarem receber a vacina.
Há coisas que podem evoluir ao longo do tempo, mas, até à data, esta vacina está a ser considerada igual às outras. Apesar de ser nova, de ter sido feita em tempo recorde e de ter uma tecnologia diferente, não deixou de passar pelo crivo da Agência Europeia do Medicamento e não é um medicamento experimental
Diretora-geral da Saúde, Graça Freitas
Sobre os casos de COVID-19 entre os profissionais de saúde, a diretora-geral da Saúde esclareceu que desde o início da pandemia já foram notificados 16.663 casos, dos quais cerca de 9.600 já são considerados como recuperados.
Ainda sobre este aspeto, assegurou que os profissionais que já estiveram infetados não serão excluídos da vacinação.
Todos os profissionais de saúde que têm contacto direto com doentes são candidatos elegíveis para a vacinação. Estamos a seguir uma lógica de prioridade e à partida esses profissionais não entrarão logo nos prioritários, mas é uma questão de semanas. No primeiro trimestre teremos todos os profissionais de saúde vacinados.
Não entrarão como prioritários, mas nada impede que sejam vacinados e serão vacinados
De acordo com Graça Freitas, os dois primeiros dias de administração da vacina contra a COVID-19 “correram bastante bem”, tendo em conta o envolvimento de “muitas entidades” numa “megaoperação de vacinação”, que, em última instância, “poderá abranger toda a população” portuguesa no futuro.