Ainda se lembram do Bitcoin, a famosa moeda virtual?
O pioneiro na adopção desta moeda, Hal Finney padecia de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença recentemente tão falada devido ao #IceBucketChallenge. E, na esperança de que, no futuro, possa haver um tratamento mais eficaz para poder levar uma vida mais ‘normal’, o corpo de Finney foi congelado através de criónica, técnica que consiste em preservar corpos humanos através da congelação.
Conhecido como o primeiro a adoptar a moeda virtual Bitcoin, Hal Finney, doente de ELA, faleceu oficialmente na manhã da passada quinta-feira, dia 28 de Agosto.
Como forma de tentar que, no futuro, possam existir tratamentos mais eficazes para esta doença, o corpo de Finney foi submetido a um processo de criónica que consiste em preservar os corpos humanos, em temperaturas muito reduzidas, na esperança que, no futuro, se possam reviver esses mesmos corpos congelados.
Alcor – USA
Após a sua morte, o corpo de Finney foi levado à Alcor Life Extension Fundation, no Arizona, USA, (ALCOR em Portugal) onde viria a ser “congelado”. Neste processo, foram retirados todos os seus fluídos e substituídos por um composto químico que previne a formação de cristais e a consequente danificação das membranas celulares.
Os Bitcoins que Finney detinha, foram utilizados para o pagamento de todo este processo.
Durante os próximos dias, a temperatura do corpo de Finney será gradualmente reduzida até aos -195º para ser colocado numa cápsula de alumínio imersa em nitrogénio líquido.
Alcor – USA
Segundo Max More, director da ALCOR e amigo de Finney:
“Ele vai permanecer na cápsula até que tenhamos tecnologia para reparar os danos causados pela ELA e o processo de envelhecimento. Assim que houver, poderemos trazê-lo novamente, feliz e inteiro”
Ainda nunca ninguém foi ‘revivido’ após este processo de congelação, no entanto a esposa de Finney, Fran, afirma que nunca as dúvidas impediram o marido de explorar as tecnologias intrigantes: “Ele sempre foi optimista sobre o futuro”.
O que pensam desta tecnologia? Poderá ser uma resposta para a esperança futura, ou ainda não estão bem desenvolvidas?
via | Wired