Consultório Pplware – Esclareça aqui as suas dúvidas

O Pplware, dada a sua natureza de fonte de informação e de repositório de conhecimento, é muitas vezes contactado pelos seus leitores para que se os possamos ajudar a esclarecer situações e questões que surgem naturalmente associadas à utilização de todos os equipamentos e tecnologias.

Porque sabemos que as dúvidas não são exclusivas de um único leitor resolvemos alargar um pouco a disponibilização e criámos esta rubrica semanal onde iremos escolher as questões mais pertinentes e partilhar as respostas com os restantes leitores, conseguindo assim levar a informação a muitos mais leitores e esclarecer o máximo de utilizadores do Pplware.

Este consultório pretende esclarecer as dúvidas principais que nos forem transmitidas pelos leitores e visitantes do Pplware, em todas as plataformas, locais e endereços onde estamos já representados.

A escolha das questões é feita de forma a que sejam abrangidos os máximos de temas possíveis e que sejam apresentadas as que achamos mais relevantes e interessantes.

As respostas apresentadas espelham o nosso entendimento e pretendem apresentar soluções possíveis. No entanto contamos com os nossos leitores para as complementar, enriquecer ou até contrapor, de forma a que estas fiquem o mais ricas e completas possíveis.

Para dar continuidade a esta rubrica escolhemos mais quatro questões que nos forma colocadas no Facebook do Pplware e por email.

Como copiar um disco na integra

As actualizações de hardware são sempre positivas para qualquer sistema. Dão-nos acesso a melhorias que qualquer sistema necessita e tornam-no melhor.

Infelizmente, e em muitas situações, essas actualizações obrigam a alterações grandes nos sistemas e podem obrigar a manutenções trabalhosas.

O caso da mudança de discos é uma dessas situações. Ou reinstalamos o sistema operativo ou temos de recorrer a processos de cópia dos discos que podem ser complicadas.

É precisamente este processo que o nosso leitor Sérgio Rego nos pede para explicarmos.

Resposta:

Por norma os discos SSD contêm uma ferramenta pensada para essa tarefa já que a necessidade de migração na íntegra é bastante vulgar, por se tratar de um upgrade.

Uma ferramenta muito popular é o Norton Ghost que, embora pago, por exemplo no caso da Samsung é fornecido juntamente com o disco. Noutras marcas é normal existir sempre uma “migration tool” disponível gratuitamente.

Outra aplicação muito boa, que já usei e recomendo, é o Acronis True Image. Entre várias coisas, permite fazer um mirror de todo o disco (incluindo a MBR e a permanência dos dados nos mesmos sectores) ou apenas das partições seleccionadas. A Paragon também tem boas soluções.

Quanto a ferramentas gratuitas há por exemplo o Partition Assistant da Aomei.

A salvaguarda do email

O email tornou-se uma ferramenta essencial no nosso dia-a-dia. Dependemos dele como forma de comunicação e necessitamos de guardar todas as mensagens que trocamos com terceiros.

O que o nosso leitor Morgado Dias pretende saber é a forma simples de fazer um backup recuperável e que recomendemos uma aplicação robusta  para aceder à sua conta de email.

Resposta:

O email é actualmente algo muito precioso e para mim era praticamente catastrófico perder o meu arquivo bastante organizado. Estranho que surja esse tipo de constrangimentos pois não me são nada comuns.

O que quero dizer é que um cliente de email local, com essa dimensão, não é viável e já deu provas disso. Há muito tempo usei o cliente Windows Live Mail, integrado no pacote Windows Live Essentials, e pode ser utilizado o método de copy/paste para backup. Mas não recomendo nenhum cliente desses pelos mesmos motivos.

E porque não utilizar um cliente web-based? Só traz vantagens e o Gmail nisso é o melhor que há. O correio pode ser facilmente importado para uma conta Gmail, via IMAP, nunca há problemas de rapidez de acesso e, em caso de falta frequente de acesso à rede, até existe a possibilidade de ter todo o correio disponível em modo offline.

O infame BSOD

Os sistemas têm várias formas de comunicar problemas aos seus utilizadores. A mais conhecida delas é o famoso Blue Screen of Death, o conhecido ecrã azul. Nesse ecrã são mostrados os problemas que levaram à paragem do sistema, mas nem sempre conseguimos saber a causa desses problemas.

É pretendido pelo leitor Eduardo Fernandes uma forma de saber o que está a causar no seu Windows estes incómodos ecrãs. Que componente está a tornar a sua máquina tão instável.

Resposta:

Esse é um dos problemas mais difíceis de resolver. Já passei por eles e conheço 2 caminhos.

Um deles é a utilização, se possível do Visualizador de eventos do Windows. Em Registos do Windows > Sistema, é possível listar todos os eventos relacionados com o sistema. Os eventos problemáticos estão normalmente assinalados com o ícone diferente (sinal de perigo amarelo ou bola vermelha com ‘x’). Se for um problema de software, provavelmente será possível descobrir a partir daí.

O outro caminho é o recurso ao minidump gerado pelo sistema aquando de um bluescreen, neste caso normalmente desencadeado por problemas de hardware. Os minidumps gerados são guardados no caminho C:\Windows\Minidump e é possível fazer uma análise a essa espécie de relatório. O processo é trabalhoso e implica alguma leitura.

É necessário instalar uma ferramenta de debug, Debugging Tools for Windows, e se a estabilidade do PC não for suficiente para essa instalação e posterior análise, então o minidump pode ser copiado e analisado noutro computador. Aqui está um guia para o fazer.

No meu caso, quando analisei o minidump, consegui descobrir que o problema era da placa gráfica.

Boa sorte.

Voltar com o Android ao ao ponto de origem

A utilização de qualquer sistema operativo acarreta o acumular de lixo electrónico com o passar do tempo. Por essa razão necessitamos periodicamente de os reinstalar  para que voltem a estar livres de aplicações e de ficheiros desnecessários.

Nos equipamentos móveis este processo acontece também, mas não temos forma, e nem a necessidade, de fazer esta reinstalação. Os SO's vêm embebidos nos equipamentos e apenas precisamos de lhes fazer um reset para que tudo volte a estar como veio de fábrica.

A pergunta do leitor Tiago Correia é como conseguimos fazer esse ao Android.

Resposta:

Caro Tiago Correia,

Como é natural os equipamentos equipados com o Android têm forma de fazer reset ao seu SO. Deve no entanto ter presente que este processo elimina todos os dados presentes no equipamentos e que o deixará como veio de fábrica.

Existem várias formas de o fazer. Vamos referir apenas duas rápidas:

• Dependendo da versão do Android, o caminho é Definições > Privacidade > Reposição dos dados de fábrica, para Android 2.1~2.3, ou Definições > Cópia de segurança e reposição > Reposição dos dados de fábrica, para Android 4.0+
• Iniciar o Android a partir da recovery e escolher “Factory reset”. Para aceder a recovery é necessário ligar o dispositivo com uma combinação de teclas que difere entre modelos. É vulgar ser Power + Vol+. Caso não seja, basta usar o Google para procurar a combinação que se adapta ao seu equipamento.

Existe uma forma ainda mais simples e que permite manter alguns dados no seu equipamento. Foi apresentada no artigo "O que esconde o Android? Conheça alguns códigos secretos", que apresentámos em Abril do ano passado.

Coloque o seu telefone em modo de ligação e digitar o seguinte código:

Será removida a seguinte informação:

• Conta do Google e definições
• Informação das aplicações e sistema
• Aplicações instaladas

Não será removido:

• O software que vem de fábrica com o equipamento
• Fotos, musica e outros ficheiros que estejam no cartão SD

Aproveite para ler o artigo que indicámos e conheça outros códigos que pode testar no seu Android. Antes de os aplicar, deve ler atentamente qual a sua função.

É esta a resposta mais simples à sua ainda mais simples questão.

Agora que estão apresentadas as questões escolhidas e dadas as respostas, pedimos que os nossos leitores as comentem e que contribuam com informações adicionais que julguem serem necessárias.

Todas e quaisquer questões que gostassem de ver aqui respondidas devem ser colocadas nos canais de comunicação do Pplware. Falamos do nosso Facebook, do email geral @ pplware.com ou do nosso formulário de contacto.