É interessante pensar que, num futuro próximo, os drones podem substituir muitos serviços que hoje nos chegam por terra, à porta! Quantas vezes já ouvimos falar em drones que estão a ser projectados para entregar encomendas, empresas que entregam pizzas ou até mesmo drones que podem ser a linha avançada do INEM, entre muitas outras utilizações destes dispositivos. Mas eles têm uma grande desvantagem: a sua autonomia energética.
A Boeing acaba de patentear um sistema que vai revolucionar e poderá mesmo acabar com essa fragilidade dos drones.
Como está na moda utilizar os drones para o mundo convencional, para o mundo civil – pois estas máquinas há muito são usadas na guerra e de forma super avançada – as empresas estão já a pensar como tirar proveito das suas capacidades, visto estas serem baratas e o seu alcance ser grande.
Desde as companhia aéreas, como a easyjet que usa drones para inspeccionar minuciosamente as estruturas das suas aeronaves, até aos casamentos filmados com estas máquinas voadoras, tudo é motivo para criar serviços em redor destas máquinas voadoras. Contudo, elas têm um problema, por vezes a sua autonomia não vai para lá dos 15 minutos, 30 e alguns, os mais caros, não passam dos 50 minutos!!!
Mas e como se resolve o problema da autonomia?
A resposta na cabeça de cada um poderia ser simples: aumenta-se a bateria, mas isso aumentaria o peso e diminuiria a performance. Então aumenta-se a capacidade/potência da bateria, pois mas isso ainda não é possível assim com essa ligeireza de pensamento. Estamos no bom caminho mas ainda estamos longe de uma autonomia satisfatória. O segredo é recarregar!
A empresa fabricante de aeronaves e sistemas de defesa, a Boeing, garantiu esta semana uma patente de um sistema para recarregar os drones em pleno voo. Como podem ver no vídeo a seguir (da autoria do canal PatentYogi) a explicação da tecnologia permite entender o conceito que não é novo, em termos de recarga de “combustível”, só que desta vez estamos a falar de energia:
A patente, da autoria dos inventores James Childress e John Viniotis, descreve a utilização dos drones equipados com sistema de conexão que se liga à subestação de recarga eléctrica, via cabo, em voo. Mas não se fica por aqui, pois este sistema permite também a recarga através de outras aeronaves de abastecimento, ou através de sistemas no solo, em cima de edifícios e até mesmo através de balões que possam transportar recargas para recarregar a bateria do drone. Basicamente este nem teria de parar, estava em funcionamento, esperava a sua recarga e seguia.
Pode parecer ainda uma patente sem grande projecção na actualidade, mas isto é um passo gigante se pensarmos que o comércio irá agarrar de todas as formas a utilização dos drones, iremos ter as pizzas entregues à portas, as encomendas da farmácia ou mesmo o pão da manhã. Agora imagine a Pizza Hut sempre a distribuir com os drones num vai e vem sem parar e a carregar enquanto esperam pela vez deles? Se faltar a meio de caminho a energia? Ligam-se a uma torre de energia!