A Apple está a trabalhar no desenvolvimento de mais tecnologia dedicada ao bem-estar e saúde para equipar o Apple Watch. Contudo, são já muitos os casos de pessoas salvas graças à ação do smartwatch da empresa de Cupertino. A mais recente envolveu um idoso que não fazia ideia nenhuma que sofria de um problema cardíaco. O Apple Watch alertou-o a tempo para uma fibrilhação auricular.
A fibrilhação auricular é a arritmia crónica mais frequente. Segundo os dados, esta condição afeta cerca de 10% da população com mais de 70 anos.
Apple Watch deteta fibrilhação auricular
A ABC News conta a história de Roy Robinson, um homem de 74 anos de Lake Worth, Florida, cujo Apple Watch o alertou para uma possível fibrilhação auricular.
Robinson estava de visita à sua família em Baltimore para passar umas férias. Ele e a sua esposa Dale foram visitar a neta na escola, o que envolveu subir vários lanços de escadas. Quando os avós chegaram ao terceiro andar, Roy sentia-se especialmente cansado e sem fôlego, algo que, segundo contam, não era comum nele.
A esposa de Robinson, Dale Robinson, sabia que algo estava errado quando eles visitaram a neta na escola.
Ela queria mostrar-nos a sua sala de aula, então subimos ao terceiro andar, e Roy estava sem fôlego quando chegou lá, o que não é muito normal dele.
Nesse momento, o homem recebeu um alerta do seu Apple Watch a dizer que fora detetado uma potencial fibrilhação auricular. Roy não fazia ideia o que era fibrilhação auricular.
Um gadget que começa a ser um vigilante médico
Depois deste episódio e percebendo a gravidade, o filho de Roy tratou de o levar de imediato às urgências. Nesse altura já tinham sido enviados vários alertas do smartwatch da Apple.
Eu descansei e não pensei sequer nesse assunto. Mas mais tarde, nesse dia, o relógio começou a alertar provavelmente uma vez por hora, e dizia ‘Está em fibrilhação auricular’, e eu não tinha ideia do que era fibrilhação auricular.
Roy Robinson então fez o que normalmente todos fazemos: pesquisou no Google e percebeu que era grave.
A primeira coisa que fizemos foi terminar o nosso jantar de Ação de Graças. Temos que acertar as nossas prioridades. E depois do jantar, o meu filho disse: ‘Vais para o hospital’.
Assim que chegaram ao hospital, Roy disse às enfermeiras que estava lá simplesmente porque “o meu relógio disse que eu estava em fibrilhação auricular”. Nesse momento, o homem foi levado para fazer um eletrocardiograma e mais tarde foi internado no hospital.
Tinha um desfile de médicos e estagiários, residentes e enfermeiras. Metade deles entrou e disse, ‘Eu quero ver o homem que foi salvo pelo Apple Watch’. Acho que eu era uma mini-celebridade no hospital.
Claro que o homem não sabe se foi o relógio que o salvou. No entanto, ele sabe que foi graças a ele que recebeu tratamento atempado a uma condição médica que desconhecia sofrer. Este caso chegou ao conhecimento de Tim Cook que lhe desejou felicidades depois do susto que apanhou.
Apple Watch poderá prever Parkinson
Em suma, os gadgets que “usamos e vestimos” têm cada vez mais uma componente de “vigilância médica”, para além da parte de entretenimento e bem-estar. Nesse sentido, vários rumores apontam para que o próximo Apple Watch possa trazer um sensor que prevê a doença de Parkinson.
Segundo uma patente encontrada há dias, a empresa de Cupertino registou um sensor para o seu relógio que consegue identificar a doença de Parkinson. O documento até inclui uma imagem de conceito para ilustrar a forma de ação da novidade em funcionamento.
Conforme pode ser lido na patente, esta tecnologia será como um monitorizador passivo de Discinesia. Nesse sentido, o sensor registado pela Apple consegue detetar tremores no pulso do utilizador. Estas informações são enviadas para um servidor. Posteriormente, estes dados são cruzados com muitos outros existentes numa base de dados para chegar ao possível diagnóstico.
Desta forma, a Apple estará a trabalhar numa funcionalidade que será um grande auxílio na doença de Parkinson ainda em estágios iniciais.