A Apple tem aumentado o investimento no seu serviço de streaming de música, o Apple Music, por forma a torná-lo no mais popular serviço dentro deste segmento. O seu mais direto concorrente, o Spotify, continua a liderar este mercado, mas a Apple não desmobiliza e aproxima-se rapidamente.
Depois de ter anunciado, em setembro passado, que tinha batido a barreira dos 30 milhões de subscritores, a Apple já adicionou 8 milhões de utilizadores que elevaram o número total de assinantes além de 38 milhões a partir de hoje. É importante sublinhar que a empresa adicionou 2 milhões no passado mês.
Em fevereiro demos conta que a empresa tencionava ultrapassar o Spotify já no próximo verão. À altura, o Apple Music contava com 36 milhões, número de finais de janeiro. Num mês apenas, e depois de várias novidades que foram surgindo ao redor do planeta, entre elas, em Portugal com a troca do serviço Spotify pelo Apple Music nos pacotes Vodafone Yorn, a Apple adicionou 2 milhões de subscritores ao serviço.
Apple comprou a Texture, empresa conhecida como o “Netflix para assinatura de revistas”
Este incremento foi divulgado por Eddy Cue, vice-presidente de software e serviços de internet da Apple. Ao falar na conferência SXSW, o responsável da gigante de Cupertino também mencionou que a empresa adquiriu a Texture, uma empresa conhecida pela distribuição de revistas digitais (uma espécie de “Netflix para assinatura de revistas”).
Mercado tem 2 mil milhões de potenciais clientes para serviços de streaming
Eddy Cue manteve-se positivo sobre o crescimento do serviço Apple Music e mencionou que existem cerca de 2 mil milhões de clientes dispostos a pagar por serviços de streaming, enquanto a Apple Music e a Spotify ainda não atingiram a marca dos 100 milhões. Cue também conseguiu terminar com os rumores sobre uma potencial aquisição da Netflix, dizendo que a própria estratégia de conteúdo da Apple está mais forte, a Apple tem reservados mil milhões de dólares para a conteúdos próprios, originais.
O crescimento do Apple Music está a um nível que pode ser muito preocupante para a Spotify, dada a velocidade com que o serviço coleciona assinantes. Atualmente o Spotify conta com 71 milhões de assinantes, embora que a empresa tenha mostrado já a preocupação em limpar os que usufruem do serviço premium sem pagar, sinal que algo tem de mudar, a empresa quer aumentar o seu ritmo de crescimento.
Não podemos, contudo, deixar de referir que o Spotify tem uma vantagem sobre o Apple Music em relação aos utilizadores em geral, graças à sua versão gratuita, que permite a reprodução de música suportada por anúncios mesmo para clientes que não pagam. A estimativa recente da empresa sugere que cerca de 159 milhões de utilizadores têm acesso ao Spotify pelo menos uma vez por mês.
WWDC confirmado pela Apple: 4 a 8 de junho de 2018
Um evento que certamente terá mais informação desta evolução será o Worldwide Developers Conference que acontecerá de 4 a 8 de junho de 2018 no McEnery Convention Center em San Jose, Califórnia, EUA. Informação oficialmente confirmada pela Apple.
Em resumo…
Atualmente, concluímos nós, a Apple está a apostar em tomar o lugar antes ocupado pelo Spotify oferecendo contrapartidas generosas, sabendo que mais à frente irá usufruiu desses investimentos. O caminho parece não ter volta e o pagar para consumir está vulgarizado, sendo a música o conteúdo mais popular e que terá conquistado o consumidor. Se por um lado o Spotify tem vantagens, principalmente por ter uma versão gratuita, também tem desvantagens face ao Apple Music, isto porque a Apple está a fechar o acesso deste serviço ao ecossistema da empresa, permitindo claramente que o Apple Music tenha uma posição dominante.
Depois de a Apple retirar ao Spotify a possibilidade de figurar no Apple Watch e no HomePod, poderá ver a seguir o CarPlay e outros serviços bater igualmente com a porta. Dessa forma, sem descurar o conteúdo oferecido, a Apple elevará certamente o Apple Music à posição maior no pódio da música por streaming.