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Apple enfrenta sério processo: AirTag foi usado em “múltiplos assassinatos”

Os AirTag da Apple provocaram burburinho no mercado, tendo os consumidores gostado e aderido à proposta. Contudo, a empresa de Cupertino está perante um complexo processo, por ter criado “uma das tecnologias mais perigosas e assustadoras usadas por stalkers”.


Em dezembro, mais de três dezenas de vítimas de perseguição por AirTags aderiram a uma ação coletiva. A reclamação foi, entretanto, alterada e, em junho deste ano, as vítimas afirmaram que os AirTag se tornaram “uma das tecnologias mais perigosas e assustadoras usadas por stalkers”. Isto, devido à facilidade de acesso, bem como ao baixo custo para fornecer a localização de um indivíduo em tempo real.

Inicialmente, segundo a Ars Technica, as vítimas estariam preocupadas com a negligência da Apple, por não encontrar uma solução para um risco de segurança muito real. Conforme alega a denúncia, a Apple não terá feito o suficiente para mitigar os danos.

Um dos queixosos do processo original era a mãe de um homem morto pela namorada, após esta ter utilizado um AirTag para seguir a sua localização: “seguiu-o até um bar e atropelou-o com o carro, matando-o no local”. A queixa alega que este é um dos “múltiplos assassinatos” auxiliados pelo dispositivo. /box]

A acusação realça que “as consequências têm sido tão graves quanto possível: ocorreram vários homicídios em que o assassino utilizou um AirTag para seguir a vítima”.

Esta “perseguição por AirTags pode levar à ruína financeira, já que as vítimas arcam com custos significativos, como contratar mecânicos para desmontar os seus carros e localizar AirTags, ou mudando repetidamente de casa”.

Além disso, os queixosos alegam que a perseguição por AirTags também pode terminar em violência, incluindo assassinato, e recordaram que o problema é provavelmente maior do que se imagina, porque a perseguição é historicamente subnotificada.

A denúncia contra a Apple alega que “ocorreram vários assassinatos nos quais o assassino usou um AirTag para rastrear a vítima”.

Apesar de a empresa de Cupertino ter fortificado os recursos de segurança, nomeadamente notificações quando um AirTag é detetado nas proximidades, os queixosos alegam que os AirTag continuam a ser uma grande preocupação de segurança.

A Apple tem até ao dia 27 deste mês para responder.

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