Pese o facto de as medidas de confinamento terem sido aligeiradas em vários dos países mais castigados, os números não mentem. Segundo a informação disponível a esta hora, morreram já cerca de 250 mil pessoas, vítimas da Covid-19. A população terá efetivamente de vigiar e de ser vigiada e as aplicações estão já a ser desenvolvidas.
Nesse sentido, a Apple e a Google estão hoje a fornecer às autoridades de saúde pública de todo o mundo novos recursos para as ajudar a criar aplicações de notificação de exposição COVID-19, incluindo interfaces de utilizador de amostra e código de amostra para iOS e Android. Vamos conhecer como serão as interfaces.
Aplicações Apple e Google para controlar exposição à COVID-19
A Apple avançou já com a API a sair na versão iOS 13.5. Assim, como mostramos, basta ir a Definições > Privacidade > Saúde e, lá dentro, tem a opção COVID-19 Exposure Notifications (COVID-19 Notificações de Exposição).
Portanto, a partir daqui, o que falta é o lançamento, por parte das autoridades de saúde pública dos países que aderirem a esta tecnologia, lançarem as suas aplicações.
Conforme podemos ver nos exemplos de interfaces disponibilizadas, a informação que resultará não será mais do que indicar o número de vezes que o registo de exposição de um utilizador foi verificado nos últimos 14 dias.
Se um utilizador estiver potencialmente exposto à COVID-19, receberá uma notificação push da aplicação da autoridade de saúde pública.
COVID-19: O que pode e o que não pode ser recolhido pelas apps
Segundo o que foi veiculado, estas são as premissas que a aplicação terá de seguir. Depois de ser detetado um caso e referenciado por esta app, esta será a informação que um utilizador vai comunicar num diagnóstico COVID-19 positivo:
A Apple e a Google também partilharam hoje uma lista de requisitos que todos os criadores de aplicações que utilizam a sua API de Notificações de Exposição devem cumprir:
- As aplicações devem ser criadas por ou para uma autoridade governamental de saúde pública e só podem ser utilizadas para os esforços de resposta à COVID-19.
- Estas apps devem exigir o consentimento dos utilizadores antes que a aplicação possa utilizar a API.
- As aplicações devem exigir o consentimento dos utilizadores antes de partilharem um resultado positivo do teste com a autoridade de saúde pública.
- As aplicações devem apenas recolher a quantidade mínima de dados necessários e só podem utilizar estes dados para os esforços de resposta à COVID-19. Todas as outras utilizações dos dados dos utilizadores, incluindo a publicidade dirigida, não são permitidas.
- As aplicações estão proibidas de pedir autorização para aceder aos Serviços de Localização.
- A utilização da API será limitada a uma aplicação por país para promover uma elevada adoção por parte dos utilizadores e evitar a fragmentação. Se um país tiver optado por uma abordagem regional ou estatal, a Apple e a Google estão preparadas para apoiar essas autoridades.
Conforme foi dado a conhecer, a Apple e a Google afirmaram que a sua API é apenas uma componente dos esforços mais amplos que as autoridades de saúde pública estão a desenvolver a nível mundial para ajudar a travar a pandemia, incluindo testes, rastreio tradicional de contactos e contenção.