Está neste momento a ser feita uma comunicação ao país pelo primeiro-ministro António Costa. Tal acontece após a reunião de Conselho de Ministros, onde foram debatidas novas medidas a implementar.
Conheça as novas regras agora apresentadas.
A pandemia por COVID-19 está, aparentemente, numa fase de transição. É verdade que há mais novos casos de COVID-19, mas o número de internamentos e óbitos é bem menor comparativamente a outros períodos de 2020 e 2021.
No entanto, é importante que se saiba que se tenha a consciência que ninguém consegue prever os efeitos desta doença no futuro. Nesse sentido, deve-se evitar ao máximo o contágio, colocando em prática as regras básicas: uso de máscara, desinfeção das mãos, distanciamento de 2 metros, entre outras medidas.
Acompanhe em direto as declarações do primeiro-ministro António Costa
“Novas” Medidas de combate à COVID-19 (06.01.2022)
Medidas gerais
- Nova norma DGS:
- Isolamento só de positivos e coabitantes
- Pessoas com dose de reforço isentas de isolamento
- Isenção de testagem para quem tenha dose de reforço há mais de 14 dias
Escolas
- Recomeço das aulas a 10 de janeiro
- Testagem nas próximas 2 semanas
- Vacinação de crianças 5-11 anos (dias 6 a 9/01)
- Vacinação do pessoal docente e não docente, mediante senhas digitais (dias 6 a 9/01)
Trabalho
- Teletrabalho obrigatório até 14/01
- Teletrabalho recomendado a partir dessa data
Estabelecimentos comerciais
- Lotação de 1 pessoa/5m2
Bares e discotecas
- Reabertura no dia 14/01
- Exigência de teste para acesso
- Proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública
Fronteiras
- Manutenção do controlo nas fronteiras:
- Teste negativo obrigatório para todos os voos que cheguem a Portugal
- Sanções para as companhias de aviação
Certificado Digital
- Obrigatório para acesso a:
- Restaurantes
- Estabelecimentos turísticos e alojamento local
- Espetáculos culturais
- Eventos com lugares marcados
- Ginásios
Testagem (para quem não tem dose de reforço)
- Teste negativo obrigatório para acesso a:
- Visitas a lares
- Visitas a pacientes internados em estabelecimentos de saúde
- Grandes eventos e eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados
- Recintos desportivos (salvo decisão da DGS)
Podem obter aqui a apresentação feita por António Costa.
Ómicron é responsável por 90% dos novos casos em Portugal
De acordo com João Paulo Gomes, do INSA, “a variante Ómicron tem muito maior afinidade com as nossas células [em comparação com a Delta]”, sendo por isso tão transmissível. Estudos internacionais apresentados, que comparam o risco de internamento da Delta e da Ómicron, evidenciam uma redução do risco de internamentos devido à Ómicron relativamente ao esperado na Delta, de cerca de um terço. Contudo, também observam um “risco de reinfeção dez vezes superior na Ómicron”.
Os dados apresentados mostram que o processo de replicação desta variante afeta menos os pulmões do que as outras estirpes, e João Paulo Gomes alerta que, “não obstante a proteção das vacinas e esta variante que tudo indica ser de menor gravidade”, estes dados devem ser olhados com “cautela” devido à pressão nos serviços de saúde e sector social e económico.
Apesar de vários estudos apontarem para uma efetividade vacinal contra a Ómicron mais baixa do que contra a Delta, a evidência mostra que a toma de uma dose de reforço produz um aumento da efetividade da vacina com valores próximos dos 88%.