A Amazon nunca foi propriamente distinguida pelas suas boas práticas de condições laborais. Histórias de elevada carga horária, de proibição de pausas para ir simplesmente à casa de banho e de acidentes de trabalho multiplicam-se um pouco por todo o mundo.
Agora, nos EUA a empresa entrou para uma lista que integra as empresas mais perigosas para se trabalhar.
O grupo de advogados National COSH (Council for Occupational Safety and Health) adicionou a Amazon a uma lista destinada a envergonhar as empresas com piores práticas laborais e que são um perigo para os seus funcionários.
As empresas mais perigosas para se trabalhar
A lista Dirty Dozen coloca a Amazon em primeiro lugar, principalmente pelo crescente número de acidentes laborais registados nos últimos meses. No armazém de Bessemer, no Alabama, inaugurado em 2020, já morreram mesmo 6 pessoas na sequência de acidentes de trabalho.
Segundo se pode ler na Dirty Dozen, a empresa apresenta ainda uma taxa de lesões de mais do dobro da média da indústria.
No rol de histórias, o National COSH destaca um homem que morreu por ser obrigado a ir trabalhar doente. O ritmo de trabalho elevado e a tensão geral são também fatores que têm vindo a contribuir para as lesões.
Durante o pico da pandemia, a empresa também foi acusada de não ter medidas de segurança eficazes contra a COVID-19, chegando mesmo a despedir um funcionário depois de se protestar contra tal facto.
Amazon nega os factos
A Amazon, no entanto, em reação a esta publicação, nega que os seus trabalhadores estão em risco. É de referir que a empresa já havia constado desta lista em 2019 e 2020.
É ainda possível destacar empresas como a Starbucks, que chegou a despedir trabalhadores que se organizaram para exigir melhores condições laborais e por ter obrigado trabalhadores infetados pela COVID-19 a trabalhar. O grupo Hilton Hotels, Dollar General e Daikin America, são também alguns dos nomes referidos.