Pplware

Alemanha trava o lançamento de criptomoeda

Com o objetivo de lançar uma criptomoeda, uma empresa alemã pretendia levantar 120 milhões de euros para financiar o projeto. Contudo, a Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha (BaFin) impediu que esse montante fosse levantado para alavancar a criação da nova moeda digital.

Esta é mais uma ação que mancha a reputação das criptomoedas. Cada vez há mais resistência à tecnologia, após longos meses em 2017 de crescimento recorde.


Depois dos 180 milhões perdidos, autoridades acautelam 120 milhões

Segundo a Reuters, a BaFin impediu que a startup alemã Rise levantasse 120 milhões de euros. Dinheiro que seria para financiar a sua máquina de inteligência artificial que opera no mercado de ações.

Desta forma, a empresa oferecia aos financiadores,  em troca deste investimento, tokens digitais como parte da chamada “oferta inicial de moeda” (ICO) — um termo que aproveita o rótulo mais tradicional de uma oferta pública inicial (IPO).

A Rise utilizou o seu site para captar clientes com potencial para “investir como um milionário”.

A sua aplicação permite que os utilizadores negociem ações, opções de compra, índices e criptomoedas — com a empresa a alegar que a sua tecnologia de inteligência artificial gera retornos muito maiores do que os investimentos clássicos.

 

Quando a esmola é grande…

Contudo, a promessa da empresa de proveitos massivos — até 675% em cinco anos — atraiu o olhar crítico das autoridades alemãs. Isto porque em dezembro de 2018, a empresa germânica de criptomoedas Envion faliu. Cerca de 30 mil pessoas haviam investido 100 milhões de dólares nessa mesma empresa.

The Swiss Cantonal Court of Zug has dissolved envion AG and ordered its liquidation. Official information about liquidation proceedings can be found on the liquidator’s website: www.envion-konkurs.ch

 

Risco atual de investimento na criptomoeda aumentou

Quem coloca dinheiro numa oferta inicial de moedas deve “estar preparado para perder todo o seu investimento”, alertou a BaFin num comunicado no final de 2017, quando a febre da bitcoin — a mais conhecida criptomoeda — estava no auge.

Os preços caíram no setor, algum tempo depois, amainando a atmosfera da corrida ao “ouro digital”.

Outros casos recentes também estão a criar temor no investimento das criptomoedas. Recentemente, como foi comunicado, a morte súbita do jovem presidente da canadiana QuadrigaCX, no início de fevereiro, levou para o seu túmulo a palavra-passe de acesso à carteira de criptomoedas e “desapareceram” cerca de 180 milhões em moedas digitais dos clientes.

Exit mobile version