Pplware

Robô foi capaz de prever intenção de outro robô sem ser programado

Atualmente, um robô já é capaz de executar as mais variadas tarefas. Porém, todos são projetados por pessoas que os programam para determinados efeitos específicos. Aliás, estamos claramente a assistir a um avanço tecnológico neste sentido.

De forma surpreendente, um robô foi capaz de prever as intenções de um outro, sem que tivesse sido programado para isso.


Comportamento humano num robô

Conforme sabemos, é humanamente possível que, à medida que as pessoas se conhecem, alguns comportamentos e reações se tornem previsíveis. Isto, porque o hábito nos ajuda a perceber, tanto a pessoa, como as suas consequentes atitudes.

No mundo da robótica esta nunca tinha sido uma realidade. Mais, os robôs executam aquilo para que foram projetados e treinados. Por trás disso, existe sempre, de alguma forma, uma intenção humana.

Daí este acontecimento ter surpreendido os engenheiros envolvidos. Aparentemente, um robô foi capaz de prever corretamente as intenções de um outro robô. O prodígio foi uma máquina da Columbia Engineering e as descobertas foram publicadas na Nature Scientific Reports.

“É talvez uma forma primitiva de empatia”

De forma inédita, engenheiros do Laboratório de Máquinas Criativas da Columbia Engineering desenvolveram um robô capaz de prever as intenções de um outro robô. Para isto, a máquina foi aprendeu, de forma muito primária, a simpatizar.

Primeiramente, o robô foi colocado num cenário de parque infantil. Isto, depois de ser configurado para andar sempre em direção a uns, então colocados, círculos verdes. Por vezes, era colocada no caminho do robô uma caixa vermelha que interrompia a sua normal circulação até aos círculos verdes.

Numa outra perspetiva estava outro robô que, depois de observar o processo durante algumas horas, percebeu como prever o caminho do primeiro . Claro que surpreendeu todos os engenheiros que não esperavam que fosse capaz.

Então, sem receber qualquer informação adicional acerca do caminho que devia percorrer, o robô previu as intenções do primeiro 98 das 100 vezes testadas.

A capacidade do observador de se colocar no lugar do seu parceiro, por assim dizer, e compreender, sem ser guiado, se o seu parceiro podia ou não ver o círculo verde do seu ponto de vista, é talvez uma forma primitiva de empatia.

Disse Boyuan Chen, autor principal do estudo.

Apesar do longo caminho a percorrer, para que os robôs tenham esta vertente tão humana, este foi efetivamente um resultado emocionante, na opinião dos envolvidos.

 

Leia também:

Exit mobile version