Actualmente, a nossa vida já passa em boa parte por serviços online. Temos o mail que reúne dados profissionais, financeiros, temos serviços que recolhem datas e horas de reuniões marcadas, seguimos rotas recorrendo ao GPS que recebe informações online e temos o nosso smartphone que nos auxilia com imensos serviços que gravitam no lato conceito de Internet.
Mas ainda não há uma forma integrada de recolher, tratar e usar essa imensidão de dados que geramos e que são produzidos “pelo mundo” que nos rodeia e que também nos afecta. Mas há quem tenha o “sonho” de tornar tudo isso numa realidade, começando pelo gadget que nos irá servir toda essa informação, uma espécie de “cartomante tecnológica”, chama-se Predictables.
Quantas vezes lhe disseram que o futuro está nas suas mãos? E não é que é verdade?
A app que “prevê” o futuro chama-se Predictables. Ela recorre às redes sociais e a um complexo algoritmo que cruza uma série de elementos dando-nos depois recomendações sobre a acção a tomar, o que vestir ou mesmo que estrada usar para chegarmos ao destino.
Desenhado pela empresa Dor Tal, o protótipo da app investiga nas redes sociais e em conversas no mundo digital tudo o que diga respeito ao utilizador, ao seu círculo de amigos, família e colaboradores. Quando a app reconhece que encontrou um evento relevante e determinante, recomenda ao utilizador que tome uma acção baseada na informação recolhida, levando a pessoa a lidar com o evento futuro da melhor forma possível.
Por exemplo, a Predictables poderá sugerir um re-agendamento de uma reunião (com base num e-mail e textos dos colaboradores da equipa de trabalho), poderá recomendar que o utilizador compre flores para uma amiga que recebeu uma má notícia ou ainda comprar um presente para um colega que irá ser pai em breve!
O dispositivo que complementa a app poderá estar situado em casa, funciona como um projector controlado por gestos, tecnologia perfeitamente possível já nos nossos dias e, para o dia a dia, o utilizador terá uma pulseira que projecta na sua mão o “futuro” que a app prevê.
Há categorias que estão propensas para “adivinhar o futuro”, como por exemplo, a vida sentimental, os compromissos, vida social e profissional, entre outras.
Estes exemplos começam a ser cada vez mais desenvolvidos, como é o caso de Chris Dancy que recorre a uma vasta ganha de sensores, cerca de 700, para recolher cada detalhe da sua vida, compilar toda essa informação e usar esses dados para “prever” o futuro ao um nível verdadeiramente desafiador.
Pode parecer “ainda” um cenário assustador, um cenário ainda longe do nosso quotidiano, mas está mais próximo e é mais usado, o conceito, do que as pessoas imaginam.
Este trabalho de recolha de comportamentos, gostos, vícios, acções e tantos outros indícios sobre cada um de nós, é feito há alguns anos pelas poderosas empresas que nos rodeiam, empresas tecnológicas que nos vendem publicidade com base na “nossa vida”, já sabem muito sobre nós, os rostos da família, dos amigos e dos colegas de trabalho. Daí a termos isso para usufruto diário…. é um pequeno passo!