Sob ameaça russa, desde a guerra na Ucrânia, que teve início em fevereiro, a Europa tem tratado de se fortalecer. Exemplo disso é o novo escudo de defesa antimíssil que, a par do da NATO, protegerá os países do velho continente.
Embora a NATO garanta proteção, a Alemanha considerou que a Europa se deve proteger por si só.
Um grupo de 14 países da NATO, bem como a Finlândia, assinou uma aliança para a construção de um novo escudo antimíssil. Esta dá-se pelo nome de European Sky Shield Initiative, e é liderada pela Alemanha. O novo escudo será integrado no sistema de defesa da NATO e ajudará a intercetar mísseis lançados pela Rússia, semelhantes aos que atingiram a Ucrânia nos últimos meses.
O Sky Shield será o resultado desta nova aliança estabelecida entre os países signatários. São eles: Bélgica, Bulgária, República Checa, Estónia, Alemanha, Hungria, Letónia, Lituânia, Holanda, Noruega, Eslováquia, Eslovénia, Roménia e Reino Unido. De fora da iniciativa ficam países como França, Itália e Espanha.
De acordo com o projeto, este será totalmente interoperável com o escudo de defesa antimísseis da NATO, concebido para mísseis de longo alcance.
Para quê um antimíssil europeu, quando os países estão protegidos pelo da NATO?
A NATO é uma aliança transoceânica de 30 países, da Europa e da América do Norte, que procura garantir a liberdade e segurança dos seus membros através de meios políticos e militares. Até agora, o projeto mantido as nações unidas, sem falhas.
Apesar da organização garantir a proteção dos cidadãos das nações que lhe pertencem, a Alemanha considerou que era importante reforçar o papel da Europa por si só. Aliás, o Chanceler alemão Olaf Scholz explica que é “um ganho de segurança para toda a Europa”, acrescentando que “é mais eficiente e económico do que se cada um de nós construísse os seus próprios sistemas caros e altamente complexos”.
É um excelente exemplo do que queremos dizer quando falamos do reforço do pilar europeu no seio da NATO.
Embora os detalhes técnicos não tenham sido divulgados, vários meios de comunicação social relatam que o European Sky Shield será baseado em múltiplos mísseis Arrow 3, originalmente concebidos e implantados em Israel. Estes são capazes de intercetar mísseis de longo alcance e estão a ser desenvolvidos pela Israel Aerospace Industries e pela Boeing.
O míssil é guiado por laser e tem um alcance de voo de até 2.400 quilómetros. De acordo com relatórios israelitas, estes mísseis são também capazes de abater satélites inimigos.