… com nova tecnologia de alarme!
A tecnologia está cada vez mais a investir no bem estar e segurança do ser humano e este ano é relevante o foco dessa dedicação no segmento automóvel.
A mais recente novidade no campo da segurança automóvel são uns inovadores sensores que detectam quando o automobilista adormece ao volante produzindo alarmes que impedem que o sono cause uma tragédia. Esta solução chama-se HARKEN e combina uma série de sensores que medem de forma não intrusiva os dados cardíacos e respiratórios do condutor.
Os dados indicam que todos os anos cerca de 200 milhões veículos e 1,5 milhões de pessoas estão envolvidos em acidentes nos quais resultam muitas mortes e feridos e 30% destes acidentes são devido à fadiga. O sono é uma das principais causas dos acidentes rodoviários.
Têm havido alguns avanços na tentativa de combate desse problema, endureceram as regras de condução para evitar excessos nos profissionais do volante, aumentaram as áreas de descanso, melhoraram as estradas e colocaram-se áreas de sinalização sonora para alertar os condutores quando estes se desviam da rota e algumas marcas têm dispositivos que “obrigam” a paragens após várias horas de condução prolongada… mas pouco mais tem sido feito.
Agora com este projecto o foco é totalmente diferente. Um sistema “wearable”, sensores que o condutor traz “vestidos” com os equipamentos do carro. Esses sensores, não intrusivos, estão colocados no cinto de segurança e no banco do condutor, monitorizam o ritmo cardíaco e a respiração. Estes dados são alterados quando a fadiga toma conta do corpo, as alterações podem agora ser detectadas e com antecipação haver um sistema de aviso.
Este sistema está a ser desenvolvido por um consórcio onde estão envolvidas entidades de vários países, incluindo uma unidade situada em Portugal, o projecto está sediado no Instituto de Biomecânica (IBV), em Valência, Espanha, e os sensores incorporados no carro registam a frequência cardíaca e respiratória, de forma não intrusiva, o tal sistema chamado Harken.
Os sensores colocados no cinto de segurança fazem a mediação permanente da frequência cardíaca, enquanto a frequência respiratória é monitorizada por uma “capa” colocada no banco do condutor, onde nas costas esses sensores detectam o ritmo respiratório.
O sistema tem uma terceira unidade, a unidade central que vai recolher toda a informação dos sensores e analisar o grau de fadiga do condutor. Quando o condutor se encontra num estado de sonolência o sistema activa um alarme para que seja imediatamente alertado o automobilista que o veículo está sem condução atenta. Desta forma poderá ajudar activamente a evitar muitos acidentes que todos os anos se repetem das estradas.
Este projecto, já em fase de protótipo, tem o financiamento da União Europeia e espera-se que esteja no mercado num futuro próximo.