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Braço robótico controlado pela mente a caminho da perfeição

O desenvolvimento de membros robotizados que sejam controlados pela mente poderá ser um grande passo para milhares de pessoas que sofram de algum tipo de doença incapacitante, um pouco por todo o mundo. Desta forma, um conjunto de investigadores tem vindo a testar ao longo destes dois anos um braço robotizado que é controlado através do pensamento de quem o está a utilizar.

Durante o evento Expand NY realizado em novembro, o diretor da DARPA, Aeatin Prabhakar falou deste mesmo projeto, um dos seus projetos mais importantes que poderá mudar a vida de muitas pessoas. Jan Scheuermann é que o tem estado a testar.

Após 2 anos da sua implementação, o período de testes terminou, tendo este conjunto de investigadores da Universidade de Pittsburgh agora publicado um artigo detalhando o quanto este braço melhorou ao longo deste tempo, sendo que Jan já conseguia não só mover todo o braço assim como também o seu punho e os seus dedos.

No geral, os nossos resultados indicam que os movimentos são altamente coordenados, naturais e pode ser utilizado em pessoas cujos braços e mãos estão paralisados.

Disse Andrew Schwartz, professor da Pitt School of Medicine.

Os investigadores, que iniciaram este projeto em 2012, começaram por colocar implantes neurais em algumas partes do cérebro de Jan, implantes esses que servem de controlo para o braço robotizado.

Para conseguir simular os padrões do cérebro, os investigadores pediram a Jan para imaginar que estava a fazer alguns movimentos com o seu braço, sendo esses padrões posteriormente utilizados para programar o braço em conformidade.

Agora que o projeto terminou, os investigadores continuam à procura de voluntários com o objetivo de poderem melhorar cada vez mais esta tecnologia. Neste momento, o principal objetivo é resolver um dos problemas que surgiu durante este período de testes: quando a mão segura algum objeto, o braço para.

Além deste problema, é determinante também transformar este braço num dispositivo que permita a montagem numa cadeira de rodas e que funcione sem recurso a fios, para que esta tecnologia possa finalmente sair do laboratório.

Esta não é uma tecnologia nova, já que a empresa BrainGate também tem vindo a desenvolver um membro semelhante. Essa demonstração foi feita por Juliana Pinto, onde foi utilizado um exosqueleto controlado pela mente para abrir o campeonato do mundo de futebol, que se realizou em junho passado.

Aqui o importante não é a concorrência, mas sim o desenvolvimento de uma tecnologia que poderá melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas. Será que iremos ter esta tecnologia disponível num futuro próximo?

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