Uma designer polaca criou uma bicicleta estática com gerador de 100W que permite fazer exercício e carregar até 4 dispositivos eletrónicos. Pronto, agora pode pedalar, fazer exercício e poupar na energia!
Pedalar e gerar energia para casa
Power é muito mais do que uma bicicleta estática: é uma ferramenta de autonomia energética e bem-estar pessoal. Projetada para gerar e armazenar energia suficiente para carregar pequenos dispositivos eletrónicos, oferece uma solução acessível em caso de cortes de energia ou situações de emergência.
Mas não se fica por aqui: promove a atividade física em casa e contribui para a saúde mental, dois fatores-chave em ambientes urbanos cada vez mais sedentários e stressantes.
Num momento em que os lares procuram ser mais resilientes e sustentáveis, esta proposta responde a uma necessidade real: produzir energia limpa sem depender da rede elétrica, através de um gesto quotidiano como pedalar.
7 pontos sobre a invenção:
- Bicicleta estática que gera energia.
- Carrega pequenos dispositivos com esforço físico.
- Útil em cortes de luz ou emergências.
- Alivia o stress, melhora o bem-estar.
- Design ajustável, durável, estético.
- Usa power banks como armazenamento.
- Pensada para lares sustentáveis.
Como funciona
O sistema baseia-se num princípio simples, mas eficaz: transformar energia mecânica em eletricidade utilizável. Um utilizador médio pode produzir entre 50 e 100 watts por hora, o suficiente para manter carregados telemóveis, lanternas LED, rádios ou routers portáteis.
O gerador, de 100 W em corrente contínua, está integrado no volante de inércia, o que otimiza espaço e desempenho.
Para tornar essa energia útil e segura, o sistema inclui:
- Transmissão por corrente, robusta e fácil de manter
- Conversor DC-DC para 5 volts, compatível com USB
- Fusível de proteção
- Estação de carregamento com quatro portas para power banks, permitindo armazenar a energia gerada e usá-la mais tarde
A bicicleta ajusta-se em altura, distância e posição, adaptando-se a diferentes morfologias e estilos de pedalada. O conta-quilómetros analógico oferece uma referência visual do esforço, reforçando a perceção de progresso.
A eficiência energética máxima alcança-se a 36 km/h, mas mesmo a velocidades menores consegue-se uma carga útil graças à otimização do sistema.
Processo de design
Desde o início, o enfoque foi integral: não se tratava apenas de projetar uma bicicleta que carregasse telemóveis, mas de criar uma experiência completa de autosuficiência energética e conforto físico.
O design teve em conta diversos perfis corporais (percentis femininos e masculinos) e procurou ergonomia, acessibilidade e facilidade de uso. Foram usados protótipos impressos em 3D e peças cortadas a laser para ajustar dimensões, enquanto os materiais escolhidos, madeira e metal, refletem uma intenção clara: que a Power se encaixe em casa como faria um móvel bem pensado.
Esta estética doméstica, afastada do aspeto industrial de muitas bicicletas de exercício, humaniza o dispositivo e transforma-o em algo que se quer ter à vista, não esconder numa arrecadação.
O que a torna diferente
O que distingue a Power não é apenas a sua funcionalidade, mas a sua visão centrada no utilizador. Ao contrário de outros modelos semelhantes, não obriga a consumir a energia no momento em que é gerada: a presença de baterias externas (power banks) permite armazenar o que foi produzido e usar depois, onde e quando for necessário.
Além disso, o seu design ajustável e discreto transforma o exercício numa experiência personalizada e estética. Não é um aparelho invasivo: é uma peça útil, sustentável e pensada para o dia a dia.
Este enfoque de baixo impacto visual e alto impacto funcional é chave para a sua adoção em lares urbanos, onde o espaço é limitado e o design importa.
Planos para o futuro
Os próximos passos são claros: desenvolver um protótipo funcional em escala real (1:1) e medir com precisão a eficiência energética do sistema. Isso permitirá validar a sua viabilidade técnica e abrir a porta a uma possível produção em série.
Também se pretende evoluir o conceito para um ambiente mais conectado: incorporar suportes e integração com portáteis, tablets ou smartphones, permitindo usar a Power não apenas como bicicleta, mas como estação de trabalho ativa. Assim, pedalar poderia fazer parte do teletrabalho ou do estudo remoto, sem perder conforto nem conectividade.
Esta evolução transforma a Power numa solução para mobilizar o corpo enquanto se usa a mente, uma tendência crescente entre quem procura romper com o sedentarismo digital.