As baterias, infelizmente, não têm evoluído ao mesmo ritmo que o resto dos componentes dos nossos smartphones. Contudo, têm sido várias as investigações feitas para as melhorar. A mais recente recorre a cadeias de nanomateriais para albergar mais iões de lítio.
Este trabalho de pesquisa foi realizado pela Universidade de Purdue e agora o próximo passo é aplicar a tecnologia criada numa bateria do tamanho das que usamos nos nossos smartphones.
A construção e os materiais usados nas baterias de iões de lítio que usamos diariamente não tem evoluído ao ritmo que seria expectável. São várias as investigações realizadas neste âmbito, mas poucas conseguem trazem melhorias para um produto final que seja rentável de colocar no mercado. Não obstante, ultimamente temos assistido a novidades que prometem chegar ao mercado.
A maior parte delas estão relacionadas com o uso de novos materiais para o fluxo dos iões de lítio que são a base do fornecimento de energia. Atualmente o material padrão é a grafite, mas este grupo da Universidade de Purdue recorreu a uma cadeias de nanomateriais que trouxe melhorias consideráveis ao processo.
A escolha da grafite prende-se especialmente pelo seu preço e pelas suas características que lhe concedem, de momento, ser o principal material usado pela indústria. Contudo, tal poderá mudar em breve!
O segredo está no antimónio
Esta equipa de investigação, ao invés de usar a grafite que é comum, recorreu a antimónio numa nanocadeia para armazenamento dos iões de lítio da bateria!
O nosso procedimento para fabricar as nanopartículas fornece consistentemente as estruturas da cadeia.
| P. V. Ramachandran, professor de Química Orgânica na Universidade de Purdue
Comparativamente aos eletrodos de grafite, esta estrutura de antimónio consegue o dobro da capacidade de iões de lítio. Para além disso, este efeito registou-se numa perspetiva de longo prazo, pois a capacidade permaneceu por 100 ciclos de carga e descarga.
Para além disso, uma das vantagens presentes neste método desenvolvido pela equipa de investigadores está na sua segurança. Vários outros materiais já foram testados, mas há o risco de a bateria expandir ou até explodir! Contudo, tal não se registou com o uso da nanocadeia de antimónio.
Você deseja acomodar esse tipo de expansão nas baterias do seu smartphone. Dessa forma, você não carrega algo inseguro.
| Vilas Pol, professor associado na Universidade de Purdue
Assim, esta equipa de investigadores conseguiu desenvolver um método de fabrico seguro e mais avançado. É esperado que, com esta inovação, a bateria dos smartphones dure mais e se degrade menos. Os cientistas vão continuar o seu trabalho neste âmbito, sendo que a próxima meta é aplicar esta tecnologia em baterias pequenas, como as que temos nos nossos smartphones.