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Amazon quer acabar com os códigos de barras e a alternativa está na IA

Com o avanço da tecnologia, é natural que comecemos a conhecer alternativas mais práticas para recolher, apresentar e analisar dados. Ora, se o código de barras já parecia uma solução eficiente, a Amazon pretende acabar com ele.

A alternativa será conseguida através de um sistema de Inteligência Artificial (IA).


Estamos mais do que familiarizados com os códigos de barras, encontrados em praticamente todos os produtos. Este método de representação de dados de forma visual e legível por máquinas surgiu algures na década de 1950 e tem sido uma solução amplamente utilizada.

Agora, com o avanço tecnológico e a abertura de novas portas, podemos conhecer alternativas a este método que se tem mostrado muito eficaz. A iniciativa partiu da Amazon que, querendo ver-se livre dele, decidiu criar um modelo de IA que identifica os produtos e elimina a dependência da leitura manual de um código de barras.

 

Amazon não quer depender de códigos de barras

Quando um determinado produto chega a um centro logístico da Amazon, os funcionários devem verificar, através da localização e digitalização dos códigos de barras, a identidade de cada item nos vários pontos da sua viagem até ao veículo que o vais distribuir. Contudo, por vezes, o código está danificado ou até mesmo em falta.

A Amazon sentiu a necessidade de criar um sistema que eliminasse os códigos de barras e fosse uma alternativa confiável. Das várias razões apontadas para esta mudança, a automatização é a principal apontada.

O modelo de IA que a empresa desenvolveu utiliza uma câmara para identificar os produtos. Dessa forma, deixa de ser necessário digitalizar o código de barras, promovendo uma simplificação do processamento de cargas nos centros de distribuição e, consequentemente, prazos de entregas mais curtos.

O primeiro passo para a criação deste sistema foi capturar fotografias dos produtos à medida que se moviam ao longo do tapete transportador. O sistema de IA considera valores como dimensões, características visuais, texto de embalagem e peso.

Com a ajuda de câmaras fotográficas e de profundidade, é criada uma espécie de impressão digital de cada objeto. Os investigadores traduziram os dados de cada imagem em vetores, e construíram um modelo de aprendizagem automática para extrair os dados e associá-los ao produto.

Segundo a Amazon, a taxa de correspondência do algoritmo manteve-se entre 75% e 80%, quando utilizado pela primeira vez. No entanto, depois de tirar novas imagens, de forma constante, para treinar o sistema de IA, este alcançou 99% de precisão.

Os engenheiros responsáveis pelo sistema revelaram que a elevada taxa de correspondência é possível, uma vez que os sistemas de inventário da Amazon sabem onde cada produto está localizado. Ou seja, o algoritmo não precisa de corresponder um produto a todo o catálogo da empresa.

Por ser um processo pesado e ineficiente, a Amazon pretende eliminar a identificação manual de itens. Então, agora, os engenheiros estão a trabalhar na integração do sistema de IA com armas robóticas, de modo a que a presença de um ser humano não seja necessária, no futuro.

 

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