De acordo com um novo estudo, o segredo, se é que tal existe, para singrar na plataforma de vídeos da Google, o YouTube é simples. Basta utilizar as crianças como foco do vídeo, ou produzir conteúdos de cariz infantil, ou tónica na brincadeira. Para resultados ótimos o ideal é utilizar menores com menos de 13 anos.
Esta fórmula dar-lhe-á conteúdos com até 3 vezes mais visualizações do que vídeos sem crianças.
Com efeito, estas são algumas das conclusões avançadas pelo Pew Research Center. A entidade levou acabo um compreensivo estudo dos hábitos, fórmulas e resultados dos principaiscriadores. Aliás, pare efeitos de referência considere-se um youtuber importante o responsável por um canal com mais de 250 mil subscritores.
As crianças e a plataforma de vídeos da Google
Ainda de acordo com o estudo em questão, foram analisados vários dos canais importantes no final de 2018, bem como os respetivos youtubers. Em seguida, foi feita uma análise dos principais vídeos de cada canal. Isto é, aqueles que os catapultaram para a fama, bem como os conteúdos com mais visualizações.
Analisaram ainda os principais vídeos produzidos durante a primeira semana de janeiro de 2019. A partir daí, descobriram os conteúdos feitos com, ou concebidos para crianças receberam, por norma, muitas mais visualizações do que produções não feitas para menores de idade.
Ao mesmo tempo, qualquer vídeo que estrelasse uma criança com menos de 13 anos recebia até 3 vezes mais visualizações do que os outros. Por conseguinte, estabeleceu-se aqui um claro padrão nesta plataforma da Google, em que a criança ou é o tema, ou é o público-alvo para os canais e conteúdos de maior sucesso.
O sucesso do YouTube é inversamente proporcional à idade do público
As conclusões apresentadas são particularmente elucidativas. Ainda que já se tivesse debatido esta temática em ocasião anterior, a realidade mantém-se. Algo que já não passa despercebido aos responsáveis por grandes canais, sobretudo para quem quiser realmente rentabilizar o tempo investido na plataforma da Google.
Do número reduzido de vídeos especialmente produzidos para crianças e público de tenra idade, ou os que estrelassem crianças com menos de 13 anos nos vídeos, eram mais populares do que qualquer outro tipo de conteúdo identificado nesta análise. Isto é, uma popularidade que se converte em visualizações dos conteúdos em causa – pode ler-se no estudo.
Em jeito de comparação, temos o canal The Ace Family, com mais de 16 milhões de subscritores em menos de três anos. O seu conteúdo principal no YouTube são vídeos de partidas envolvendo crianças, ou o companheiro (a). No entanto, estão longe de ser exemplo único na plataforma da Google.
As crianças são autênticas celebridades no YouTube
Aliás, veja-se, por exemplo, o youtuber Jake Paul, um dos nomes mais famosos do YouTube. Perfeitamente ciente da rentabilidade criada pelas crianças, o criador de conteúdos famoso pelas suas partidas, convidou uma família a sua casa, com o intuito de entrevistar a estrela com cerca de 4 anos conhecida como Tydus.
Ainda que a tendência se verifique sobretudo nos EUA, é uma questão de tempo até se generalizar noutras regiões. Aliás, começando com o principal público alvo do YouTube como um todo, vemos uma representação demográfica cada vez mais jovem. Em síntese, uma plataforma irresistível para os menores de idade.
Já para os criadores de conteúdos, este género é uma aposta ganha. Cientes que o futuro da plataforma da Google passa pelas crianças, a sua atenção tem recaído nestas. Algo que se traduz em novas produções feitas para, ou com, crianças e jovens de tenra idade. Esta é a realidade das leis de mercado no YouTube.
Não obstante, os termos de serviço do YouTube afirmam que a plataforma não é indicada para crianças com menos de 13 anos. Para estas, a Google desenvolveu uma app e ecossistema supostamente distintos, o YouTube Kids. Ainda assim, torna-se cada vez mais difícil desassociar a infantilidade da plataforma como um todo.