A plataforma de vídeos da Google, o YouTube, atualizou na última terça-feira (2), a lista de conteúdos não permitidos na mesma. Isto é, as tipologias que não tolerará, bem como material que considere “nocivo, ou perigoso”. Vídeos que divulguem métodos de phishing, ou hacking, são proibidos.
Estas são algumas das mudanças, já em vigor na plataforma da Google.
A saber, os principais conteúdos que foram agora banidos da plataforma prendem-se com as práticas do ilícito digital. Isto é, as formas de preparar e implementar um ataque de phishing, bem como qualquer guia que ensine como ser hacker, ou que promova tal prática. Para a Google, a tolerância passa a ser zero.
As novas regras da plataforma de vídeos da Google
De igual modo, o YouTube passa a proibir vídeos e publicações em que o utilizador possa aprender a contornar os mecanismos de defesa de um computador. Algo que pode ser, em seguida, utilizado para obter acesso indevido aos dados sensíveis de outrem. Em síntese, a divulgação e prática de ofensas digitais.
Vídeos que grassavam pela plataforma, por vezes de forma quase hilariante e em plena “luz do dia”. Uma simples pesquisa no YouTube por “how to set a phishing page“, não era desprovida de resultados. Ao mesmo tempo, também uma procura por palavras-chave como “hacker” e redes sociais era plena de vídeos.
O @YouTube não permite mais vídeos de "instrução de hacking e phishing"
Ontem, o YouTube atualizou sua lista de "conteúdo prejudicial ou perigoso". Uma adição notável é os vídeos de "instrução de hacking e phishing", Google está emitindo avisos aos criadores.#brasil #hacking pic.twitter.com/zUkeo3d9Ya
— Glennio (@iGlennio) July 4, 2019
Além de banir as temáticas supracitadas, o YouTube removeu também da sua plataforma qualquer desafio prejudicial e explícito. Temas como o controverso Tide Pod que levou centenas de pessoas a ingerir cápsulas de detergente e a publicar os resultados na plataforma de vídeos da Google.
Guias de phishing e hacking banidos do YouTube
O mesmo se aplica a episódios violentos como, por exemplo, tiroteios (especialmente em escolas). De igual modo, passa também a proibir vídeos que promovam ou versem em demasia sobre práticas perigosas e distúrbios alimentares como, por exemplo, a bulimia.
Já de acordo com vários utilizadores e criadores de conteúdo, a plataforma já começou a avisar os mesmos. A partir daí, os canais podem ser penalizados caso tentem publicar vídeos com temáticas proibidas pela plataforma, mas há sempre uma margem cinzenta. Isto é, a prática do hacking ético e educativo.
Por outras palavras, certos tutoriais e guias legítimos estão em perigo. Algo que já está a despertar críticas por parte de alguns criadores que salientam a incapacidade da plataforma em separar práticas ilícitas do ensino legítimo de práticas de proteção contra essas mesmas ameaças.
Do phishing ao hacking, o YouTube tomou agora uma postura mais firme.