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Será que os YouTubers podem dizer tudo o que querem?

Quem segue vários canais no YouTube certamente que já se apercebeu que há, aparentemente, uma total liberdade de expressão. São os YouTubers que comentam qualquer tema, muitas vezes sem grande conhecimento, aqueles que expressam opiniões racistas ou até mesmo aqueles que falam mal do próprio YouTube, a empresa para quem trabalham. Mas até onde poderá ir esta liberdade e quais as consequências?

PewDiePie, o maior YouTuber de sempre, acabou de perder dois contratos com a Disney e com o YouTube por referências nazis e antissemitas nos seus vídeos.

Produzir vídeos para o YouTube é hoje uma nova forma de trabalho que muitos estão a adotar e no caso dos grandes YouTubers o retorno financeiro acaba por ser muito… mas mesmo muito grande. PewDiePie é o YouTuber com maior número de subscritores do mundo do YouTube, com mais de 53 milhões, e durante o ano passado ganhou qualquer coisa como 14,2 milhões de euros.

Mas se os pequenos YouTubers podem dizer qualquer coisa ou publicar qualquer conteúdo que muito provavelmente nem vão ser notados, os YouTubers com a visibilidade de PewDiePie já terão uma maior responsabilidade e terão que ter mais cuidado com os conteúdos que publicam?

 

PewDiePie disse o que quis, quais a consequências?

Felix Kjellberg, PewDiePie no YouTube, viu dois dos seus contratos de trabalho cancelados depois da publicação de vídeos com conteúdo antissemita e referências nazis. Primeiro foi a Disney que, através da Maker Studios, mantinha ligação com o YouTuber que ajudava na criação de conteúdos, a quem davam total liberdade criativa. Depois foi o próprio YouTube que cancelou a série Scare PewDiePie. Esta era uma série original e exclusiva do YouTube Red.

Segundo um porta-voz da Disney, Felix Kjellberg “foi longe de mais e os vídeos resultantes são inapropriados”, referindo-se a vários vídeos publicados em 2016.

Já do lado da Google, além do cancelamento da série no YouTube Red, houve também a remoção do programa de publicidade preferencial da plataforma, exclusivo dos grandes criadores de conteúdos. Apesar do seu canal não ter sido removido da plataforma do YouTube nem ter sido retirada a sua monetização, a publicidade dos vídeos em torno desta polémica foi retirada.

 

A defesa

PewDiePie, segundo a BBC, refere que talvez até tenha ido longe de mais nas suas palavras, mas o objetivo do vídeo era apenas de “mostrar como o mundo de hoje é louco” e as pessoas “que aceitam dizer qualquer coisa por cinco dólares”. Refere ainda que não apoia de todo qualquer atitude odiosa e que o conteúdo que cria é pensado “como entretenimento e não um lugar para comentários políticos sérios”.


Concorda com esta atitude do YouTube e da Disney?

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