Este é um conflito que iremos presenciar mais vezes no Android. O sistema operativo é da Google e com ele vem a sua loja de aplicações, a Play Store. É daqui que a empresa liderada por Sundar Pichai quer tirar as receitas. Contudo, as outras marcas, que usam Android, também querem ter as suas lojas. Isso enfraquece a loja da Google e, por consequência, diminuem os ganhos.
Uma queixa apresentada pela Epic Games contra a Google alega que a gigante das pesquisas tentou travar a Galaxy Store da Samsung como parte do “Projeto Agave”.
Epic Games “trama” a Google que queria “tramar” a Samsung
De acordo com uma queixa apresentada em agosto de 2020 pela Epic Games, é detalhado que a gigante das pesquisas usou práticas anticompetitivas para anular a Galaxy Store da Samsung como parte do “Projeto Agave”.
A alegação foi feita pela primeira vez numa queixa apresentada por uma coligação de 37 procuradores-gerais estaduais no início deste mês.
No entanto, a Reclamação apresentada por 36 estados e o Distrito de Columbia alega que a Google procurou “uma implementação diferente em direção ao mesmo objetivo anticompetitivo” como parte de um novo esforço, o “Projeto Agave”.
Portanto, de acordo com o processo antitrust, a empresa de Mountain View, sentiu-se “profundamente ameaçada” quando a Samsung começou a reformular a sua Galaxy Store e fez tentativas de a “anular preventivamente”.
Projeto Agave pretendia acabar com a Galaxy Store
Para evitar que a Galaxy Store se tornasse numa forte concorrente da Play Store, a Google supostamente alavancou acordos de partilha de receita com OEMs Android que os proibiam de pré-instalar lojas de aplicações alternativas nos seus dispositivos.
O processo também alega que a Google tentou pagar à Samsung para abandonar o relacionamento com os principais programadores de aplicações e “reduzir a concorrência através da Galaxy Store”.
Pouco depois do início do processo, a Google publicou um post no blog onde alegava que a reclamação “imita um processo igualmente sem mérito movido pelo grande editora de aplicações Epic Games”.
Wilson White, diretor de políticas públicas da gigante das pesquisas, apontou na publicação que a maioria dos dispositivos Android vêm com duas ou mais lojas de aplicações pré-carregadas.
Epic acusa a Google de também travar a OnePlus
No seu processo contra a Google no passado ano, a Epic Games alegou que a Google “forçou” a OnePlus a abandonar um acordo para pré-carregar um launcher Fortnite nos seus melhores telefones Android.
Um acordo semelhante com a LG para pré-instalar a aplicação Epic Games nos seus dispositivos Android também foi aparentemente bloqueado pela Google.
Portanto, o que a editora do Fortnite aponta e acusa a Google é de querer travar a entrada de outras lojas no seu sistema operativo.