Escolher uma TV com ecrã OLED ou QLED? Esta é a grande questão que se coloca nos dias de hoje. Na verdade, são duas tecnologias divergentes que ambicionam o mesmo: a melhor experiência de televisão possível.
Ao contrário do que os seus nomes deixam antever, estas são duas tecnologias assentam em princípios bastante diferentes. Vamos então perceber como são diferentes OLED e QLED.
Ecrãs OLED
OLED é a sigla para Organic Light-Emitting Diode. Ao contrário do que seria de esperar a parte do LED não se refere a um LED retro-iluminado como acontece nas televisões LED e QLED. Refere-se, sim, a um LED que se ilumina por cada píxel.
Estes filamentos são capazes de produzir tanto luz como cor em simultâneo. Uma particularidade bastante interessante é o facto de quando não recebem eletricidade apagam completamente. Tal origina os soberbos pretos que se reconhecem a esta tecnologia.
Sendo que um dos aspetos distintivos para uma boa visualização é o contraste, esta tecnologia permite conseguir bons níveis de contraste (contraste: a diferença entre a parte mais escura e a parte mais clara).
O OLED é uma tecnologia que apresenta várias vantagens para além das acima apresentadas. Em primeiro lugar, é uma tecnologia com consumos mais baixos, muito por força de não ter retro-iluminação. Assim permite painéis mais esguios e uma melhor eficiência energética.
Além disso, tem um ângulo de visualização muito mais abrangente do que os concorrentes. Em alguns ecrãs consegue manter a qualidade de visualização até 84º o que é impressionante.
Por outro lado, apesar das recentes baixas de preço, continua a ser uma tecnologia mais cara e com uma vida estimada mais curta. Muito embora exceda o que na realidade será o curso de vida de um aparelho de TV. Além disso, tem sido falado também o problema de burn-in.
Esta é uma tecnologia exclusiva da marca Coreana LG muito embora atualmente já produzam painéis para outras marcas nomeadamente Sony e Panasonic.
TVs com ecrã QLED
Esta tecnologia foi desenvolvida pela Samsung em que o Q em QLED significa Quantum referente a Quantum Dot. Mas o que é na realidade?
São nano partículas que melhoram significativamente a cor e brilho em relação ao comum LED.
Tendo em conta estes aspetos, vamos verificar que esta não é uma tecnologia que muda drasticamente o que já se fazia, mas que vem trazer uma grande melhoria. O QLED assim como o LED funcionam com um número de LEDs atrás de um painel de LCD. Simplificando, vai abrir e fechar milhares de micro janelas para deixar ou não passar a luz dos LED.
É um bom sistema muito embora fique dependente da redução de intensidade e bloqueio da luz para obter pretos reais, algo que por vezes pode ser difícil. Assim, existe sempre algum bleeding de luz, neste aspeto não consegue concorrer com o OLED.
O QLED tem como ponto forte o brilho e saturação de cor. Conseguem, afinal, níveis excecionais devido ao desempenho dos quantum dots que esta tecnologia atinge o seu apogeu na cor e brilho e mesmo em ambientes muito iluminados é possível ver nitidamente.
Em termos de ângulo de visualização o QLED deve ser visto de frente uma vez que vai perdendo imensa qualidade de cor e contraste à medida que nos deslocamos para o lado.
Muito embora o QLED tenha um tempo de resposta muito rápido, entre 2 a 8 milissegundos, este tempo fica muito aquém daquilo que o OLED faz, no entanto, relativizamos a importância desta visto que ainda assim é muito rápido.
Algo em que se distingue é no tempo estimado de vida. Mas, mais uma vez, vamos dar pouca importância a este fator, pois esse tempo excede em muito o tempo que atualmente esperamos ter a mesma televisão.
Conclusão
Embora tanto QLED como OLED sejam ambas tecnologias muito boas e com produtos excelentes no mercado, o OLED tem mais vantagens em aspetos que se traduzem em utilização mais confortável e com mais impacto no quotidiano.