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Como funciona a Touch Bar do MacBook Pro?

No recente lançamento do novo MacBook Pro, o grande destaque foi para a inclusão de um pequeno ecrã táctil no topo do teclado chamado Touch Bar.

Mas que sistema estará por trás desta pequena tecnologia? Vamos descobrir!

A principal novidade apresentada no evento da Apple do passado dia 27 foi a inclusão no MacBook Pro da Touch bar, um pequeno ecrã OLED presente na parte superior do teclado e que permite ser personalizado consoante a aplicação que estejamos a utilizar.

Este pequeno ecrã é fabricado com tecnologia OLED, possuindo uma resolução de 2170 x 60 pixeis e um ângulo de visão de 45º.

Esta barra está dividida em 3 partes distintas que são responsáveis por diferentes tipos de atalhos. A primeira chamada de “System button” será uma área de 128 pixeis onde serão apresentados constantemente as teclas Escape, Done e Cancel. A segunda, intitulada de “App Region”, terá uma dimensão mínima de 1370 pixeis e será onde estarão apresentadas as diferentes funções e atalhos das aplicações em uso. Por último encontramos a “Control Strip” uma área com um máximo de 608 pixeis e que terá os atalhos de controlo de volume e brilho. Do lado direito do “Control Strip”, já fora da Touch bar, podemos encontrar o Touch ID que irá permitir desbloquear o Mac com uma simples leitura de impressão digital.

Uma grande dúvida que existia e que já foi recentemente esclarecida era se esta barra seria compatível com Windows em Boot Camp ou Parallels. Esta informação já foi confirmada e já há a certeza que a Touch bar será compatível com o sistema da Microsoft, estando neste caso presente na barra  os típicos atalhos de funções. Já o Touch ID não irá suportar o uso de impressão digital no Windows, servindo assim apenas para ligar e desligar o Mac.

Que processador incluí o Touch bar?

Durante o evento a Apple apresentou o Apple T1, um novo chip ARM desenhado pela Apple e fabricado pela TSMC, que foi criado para que pudesse assegurar o funcionamento do Touch bar. Alguns rumores avançam que este processador pode ser uma variante do Apple S1 presente no Apple Watch.

Este processador foi desenvolvido com base em ARMv7 e corre a Bridge, uma versão modificada do WatchOS. O objectivo deste processador é gerir a Touch bar consoante os dados recebidos por parte do macOS Sierra, sendo também responsável pelo Touch ID, o armazenamento das impressões digitais, para proteger esta informação e o sistema operativo não conseguir aceder a esta informação, assim como é responsável pelas acções da câmara web para que não seja controlada por malware.

O Apple T1 conta ainda com uma GPU própria responsável por gerir as imagens e gráficos da Touch bar, assim como um processador de imagens (ISP), que ainda não se conhece a sua finalidade.

Que sistema corre na Touch bar?

Segundo a investigação do programador Steven Troughton-Smith, a Touch bar corre uma versão alterada do WatchOS, que por sua vez já é uma versão alterada do iOS. Embora seja baseado no sistema operativo do relógio da empresa de Cupertino, o Touch ID não suportará a instalação de aplicações, uma vez que foi desenvolvido para não ter uma interface completa que permitisse esse processo.

A Touch bar tem um armazenamento flash de 25 MB que serve para arrancar e correr o hardware. Os programadores irão ter oportunidade de ligar as suas aplicações à barra apenas através de um API, uma vez que toda a gestão é feita pelo macOS que liga à barra por USB.

Touch bar não servirá para jogos ou como segundo ecrã

Ao lançar esta nova tecnologia a Apple avisou prontamente que esta seria uma ferramenta que funcionaria apenas como complemento do teclado e do touchpad, não sendo um ecrã secundário.

Assim, não vai ser possível correr na barra animações, notificações, mensagens ou texto. Não deveram também ser usadas cores fortes, uma vez que a barra tem de ser congruente com o resto do teclado, e não será permitido jogar jogos nela. Estas novidades cortam então qualquer esperança de ter o feed ou notificações das redes sociais e outras aplicações directamente através da barra.

Embora esta seja uma nova tecnologia introduzida pela Apple que poderá dar algum jeito na produtividade, a marca americana não foi a primeira a pôr em prática este conceito. Como vimos à alguns dias, a Microsoft já tinha testado este sistema para o seu Surface, embora nunca tivesse avançado com a ideia. Já a Razer lançou para o mercado o teclado mecânico DeathStalker Ultimate que já incluía um ecrã personalizavel, onde até já era possível correr algumas aplicações como  Facebook, Twitter ou Gmail.

Apple MacBook Pro

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