O mercado global de smartphones está a passar por uma ligeira, mas persistente recessão que só se deverá inverter a partir de 2019. Em contrapartida, este mercado continua a ser uma das maiores fontes de lucro para grandes empresas como a Samsung. Mas, entretanto, a China continua a levantar sérias preocupações…
São múltiplos os fatores que causaram a saturação e consequente desaceleração do mercado chinês. Todavia, as consequências de tal facto para a Samsung tornar-se-ão óbvias no próximo dia 8 de janeiro.
Tal como salienta a agência Reuters, o próximo relatório fiscal da Samsung não será tão auspicioso. Esta entidade baseia-se nas estimativas da Institutional Brokers’ Estimate System (IBES).
De acordo com esta fonte, este será o primeiro trimestre dos últimos dois anos em que a sul-coreana regista uma quebra nos lucros. Sendo que, atualmente, a Samsung é maior fabricante mundial de smartphones e dispositivos móveis.
A China é o maior mercado mundial de smartphones
A Samsung deverá publicar os seus resultados operacionais no próximo dia 8 de janeiro. Aí, ficaremos a saber se estas previsões se materializarão ou não. Tudo aponta para uma quebra de 12% nos lucros auferidos face ao período homólogo do ano passado. Nesse sentido, teremos uma diminuição para 11,85 mil milhões de dólares. Cerca de 10,39 mil milhões de euros no trimestre em questão.
Mais concretamente, espera-se que as receitas da Samsung diminuam cerca de 5%. Aqui como resultado da diminuição da procura por chips de memória e outros semicondutores.
Na mesma linha de pensamento, vimos também a Apple a rever em baixa as suas estimativas para o mesmo trimestre fiscal. Note-se que também a gigante de Cupertino aponta o dedo à China e à sua economia em desaceleração como principais causas.
A Samsung é a maior fabricante mundial de smartphones
Em terceiro lugar e em conformidade com a fonte, a Samsung deverá registar uma forte quebra no segmento dos smartphones. Nesse sentido, é esperada uma queda de 20% no lucro operacional de toda a divisão Mobile da sul-coreana.
Entretanto, a Samsung conta com apenas 1% de quota de mercado na China. Já por sua vez, a Apple usufrui de 9% deste mercado de smartphones. Todavia, ao contrário da Apple, a Samsung obtém grande parte das suas receitas como resultado da venda de componentes.
Desde os seus módulos de memória (armazenamento e RAM) até mesmo aos seus processadores, bem como os ecrãs AMOLED. Em suma, com o abrandamento do mercado de smartphones na China, a sul-coreana será indubitavelmente afetada.
Outrora um setor em forte expansão, o departamento de chips e semicondutores será igualmente afetado. Em virtude deste cenário é esperada uma queda de 3,7% nos lucros operacionais.
Em suma, resta agora saber como reagirá a gigante sul-coreana perante este cenário pouco animador.