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Nova câmara poderá mudar o seu smartphone

Cientistas da Caltech, Instituto de Tecnologia da Califórnia, desenvolveram uma nova câmara que não necessita de nenhuma lente para obter uma imagem. Para tal substituíram o vidro curvo da lente por um chip capaz de obter uma matriz ótica ultra fina, ou OPA (optical phased array).

Este tipo de tecnologias desafia os conceitos tecnológicos que, durante séculos, regularam o mercado. O que poderá mudar no mundo da imagem?


Nas câmaras digitais, as lentes são utilizadas para direcionar a luz para um sensor digital. A matriz de fase ótica ou OPA tem um grupo de recetores de luz que podem individualmente criar um atraso de tempo até alguns minutos, permitindo que a câmara consiga visualizar várias direções e focar objetos distintos.

 

Será o futuro do que conhecemos hoje por câmara?

Esta nova câmara sem lente é composta por finos componentes de silício sensíveis à luz, integrados num chip de silício. As ondas de luz são recebidas por cada elemento sensível à luz na matriz e interferem entre elas.

O nosso novo sistema consegue olhar seletivamente numa direção desejada e numa determinada parte da imagem a qualquer momento, controlando o tempo com uma precisão de mil biliões de segundo.

Ali Hajimiri, da Caltech

Segundo o que refere Reza Fatemi, líder da investigação, o que a câmara faz é semelhante a olhar através de uma palha fina e digitalizá-lo através do campo de visão. Podemos formar uma imagem a uma velocidade incrivelmente rápida, manipulando a luz em vez de mover um objeto mecânico.

Atualmente, a câmara é composta por 64 recetores de luz em conjuntos de oito por oito píxeis e as imagens que são criadas estão longe do que é atualmente capturado por um smartphone.

A capacidade de controlar todas as propriedades óticas de uma câmara usando uma camada fina de papel de fotónica de silício a baixo custo sem qualquer movimento mecânico, lentes ou espelhos.

De acordo com o professor, esse sensor também pode mudar de uma lente “olho de peixe” para uma teleobjetiva instantaneamente, precisando apenas de um ajuste simples na matriz. Ou seja, as lentes duplas nos smartphones perderiam todo o sentido.

Embora esta câmara seja apenas a prova do que é possível, esta tecnologia ainda demorará bastante tempo para chegar aos nossos dispositivos com a qualidade desejada, no entanto, é bom saber que daqui a alguns anos poderemos ter um smartphone cuja espessura não seja ditada pelo tamanho da câmara.

 

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